John Lennon compôs, em tradução livre, e cantou a música que eternizou e marcou as festas natalinas e de final de ano; “Então é Natal, o que você fez? Um ano termina e nasce outro vez (...)”

Inspirado na música de John Lennon, mais do que comemorar o Natal e o ano novo que se aproxima convido aos leitores a uma verdadeira reflexão. Todos nós, nesta época, como espirito cristão elevado ficamos mais caridosos, encontramos com amigos e familiares e fazemos uma oração no dia da comemoração do nosso Senhor Jesus Cristo.  Já na passagem de ano, implementamos promessas a nós mesmos; irei parar de fumar, vou caminhar, emagrecer e etc.... Logicamente as promessas nunca são implementadas e aguardamos que o ano novo que se inicia torne-se velho para, novamente, mentirmos para nós mesmos, como nos anos de outrora.

A ponderação não é a respeito das futuras promessas, na expectativa do futuro incerto, mas de nossas atitudes no decorrer do ano que se finda, nossas ações, nossas omissões, desculpas e o que poderíamos ter feito para nós mesmos e para o próximo.

Quantas vezes criticamos a corrupção, a impunidade a frouxidão das leis e do sistema penal, a morosidade da justiça, entre tantas outras críticas, todas cobertas do mais puro sentimento de justeza e altruísmo?

Sim, o fizemos em busca de um país melhor, mas não nos censuramos no dia a dia, quando tomamos uma cerveja e ligamos o ”Waze” para fugir da blitz do álcool; quando em um engarrafamento achamos que nossa pressa é maior do que as dos demais e passamos pelo acostamento ou pela pista da direita; quando furamos uma fila de aeroporto, do banco ou de um simples cinema.

Quantos de nós, nesta época, saímos distribuindo um feliz natal para todos que passam pelo nosso caminho, sejam funcionários, parentes, pessoas estranhas, motoristas de taxis, Uber, pelo simples prazer de desejar o bem?

Sim, o fazemos, mas no dia a dia somos incapazes de um sorriso para assessorista do elevador, um bom dia ou boa tarde para um motorista do Taxi, ônibus ou Uber e desejar um bom final de semana para as pessoas com quem trabalhamos.

Nossas atitudes são acobertadas, geralmente, pelas escusas da pressa, do estres e da correria do dia a dia.

O texto foi propositalmente escrito na primeira pessoa do plural por me incluir também nesta reflexão e autocritica. Então, aproveitemos o espirito de natal para uma autorreflexão que John Lennon nos convida em sua música, com pensamento voltado para lição do antigo filosofo grego, Platão; “Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo.” 

Um feliz Natal a todos e um próspero ano novo.