As peças gráficas, desenvolvidas pela equipe de Comunicação do CRMV-RS, alertam para todos os problemas que envolvem a procriação indiscriminada, especialmente de cães e gatos. “Com o alerta ‘Castração não dói. O abandono, sim’, queremos mostrar à sociedade que esse é um ato de responsabilidade e de amor”, informa a presidente do CRMV-RS, Lisandra Dornelles, ao destacar que o único profissional habilitado para fazer o procedimento é o médico veterinário – frase em destaque em todas as peças gráficas -, em clínica ou hospital apropriados e equipados de acordo com o que estabelece a legislação. 

As peças gráficas estão disponíveis para download gratuito no site do CRMV-RS, no link https://crmvrs.gov.br/campanha_castracao.php, e também em formatos para compartilhamento nas redes sociais. A campanha incluirá também ações junto a prefeituras e escolas.

As artes trazem imagens fortes do que pode acontecer com os animais que não são castrados, como brigas, fuga, doenças fatais, ninhadas indesejadas e os mitos que envolvem a cirurgia. “Nós também não gostamos de ver essas imagens, por isso a castração de animais é de extrema importância”, alerta a campanha, ao justificar as fotografias chocantes, assim como as que são usadas nas campanhas de advertência dos perigos do tabaco nas carteiras de cigarro. 

A iniciativa reforça, em todas as artes, que o procedimento só pode ser feito por médicos veterinários e que animais a partir de 4 meses estão aptos para castração. Não existe limite de idade para que um animal possa ser castrado. O ideal é que, quanto mais cedo, melhor para evitar o desenvolvimento de doenças. 

Com os alertas, o CRMV-RS vem desmistificar que a castração pode fazer mal aos bichinhos. O que ocorre é justamente o contrário. Castrar traz uma série de benefícios, não só para os pets, mas para a saúde pública também, pois evita o crescimento da população de animais de rua. Para se ter uma ideia, um casal de cães, com duas crias por ano e uma média de 12 filhotes, pode ultrapassar 80 milhões de animais ao longo de 10 anos em sucessivas gerações. Um casal de gatos, cruzando duas vezes ao ano, pode originar mais de 66 mil filhotes em apenas 7 anos. 

Ao ficarem relegados à rua e sem os cuidados de saúde necessários, como vacinação, só para citar um exemplo, estão sujeitos a desenvolver doenças que podem ser transmitidas aos humanos, como a raiva. Além disso, donos de instintos fortes, pets como cães e gatos podem apresentar comportamentos bastante intensos em função de suas próprias naturezas, resultando em brigas com ferimentos graves, ataques a pessoas e até mesmo fugas de casa por cio. 

Outro ponto fundamental da campanha é a advertência quanto ao uso de contraceptivos. Injeções ou comprimidos ministrados em cadelas e gatas podem resultar em uma série de doenças, algumas delas fatais. Não se trata de um método seguro de contracepção e deve ser evitado.