O GBOEX - Previdência e Seguro de Pessoas convidou a psicóloga da Clínica Isaúde, especializada em Avaliação Psicóloga e Gestão Educacional, Cristina Sefton, para falar sobre a data e o ato de brincar.

A especialista defende que essas comemorações devem ser aproveitadas para intensificar a presença da criança no núcleo familiar. “Assim, teríamos ganhos no sentido de fortalecer positivamente o desenvolvimento infantil e, em especial, o emocional. Por meio de passeios ou atividades familiares, onde haja interação, diversão, onde adultos e crianças possam brincar, os vínculos são fortalecidos, bem como o sentimento de pertencer e a autoestima da criança”, explica.

Para Cristina, o “brincar” é a forma de autoexpressão da criança, é o meio pelo qual ela se comunica, expressa e elabora as suas emoções. “É dessa forma que ela vai trabalhando aspectos do seu mundo interno e do externo”, diz. Conforme a psicóloga, com o “faz de conta”, a criança vivencia diferentes papeis, imagina situações e assim vai lidando, primeiramente, no imaginário, com ansiedades, frustrações e medos. “Construindo seu rol de ferramentas para lidar com as diferentes situações vividas”, elucida.

“O ‘brincar’ segue sendo um importante recurso para, fundamentalmente, poder ser capaz, criativo, imaginando e vivenciando por meio das brincadeiras situações vividas ou presenciadas”, comenta. De acordo com a especialista, posteriormente, as vivências criativas servirão de base para resolução de problemas. Também, por meio da brincadeira, a criança socializa com seus pares, aprende a negociar, a fazer concessões e a tolerar frustrações. “Essas vivências vão formando a base da inteligência emocional e da saúde psíquica.”

Pandemia - Passado um tempo de isolamento social em função da pandemia do novo coronavírus, a psicóloga acredita que os próximos meses devem ser de aberturas de setores e atividades, mesmo que temporárias, com a opção de volta às aulas presenciais. “Esse deve ser um período de alguma ansiedade para algumas crianças”, esclarece. Por isso, é importante que a família esteja confiante quanto à escolha da escola, ciente dos protocolos adotados e que tenha paciência com o ritmo da criança.

O desgaste pelo tempo de isolamento social é evidente nas famílias que tentam se adaptar ao home office, escola on-line, distanciamento de amigos e familiares, entre outras circunstâncias impostas. “Fazer alguns passeios breves em locais abertos de pouca circulação, onde as crianças possam correr e estar em contato com a natureza, manter chamadas de vídeo com amigos e familiares, organizar brincadeiras on-line, inseri-las nas tarefas de casa, são exemplos de atividades familiares que, se realizadas de forma mais lúdica, podem atenuar o impacto deste momento”, resume Cristina.

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