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Caravana Digital AMRIGS alerta para os riscos do represamento de cirurgias eletivas na Pandemia
   
     
 


17/06/2021

Caravana Digital AMRIGS alerta para os riscos do represamento de cirurgias eletivas na Pandemia
Dados nacionais mostram que 1,3 milhão de cirurgias não foram efetivadas no SUS em 2020

A preocupação maior é com os prejuízos que essa medida causa à saúde da população, impactando em desfecho mais longo e invasivo de tratamento dos pacientes, tanto na saúde pública como na privada. O tema foi abordado na quarta edição da Caravana Digital AMRIGS, promovida pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) na noite de terça-feira (15/06). O evento virtual e gratuito reuniu cirurgiões de diversas especialidades. A transmissão ocorreu diretamente da Cooperativa Pedritense de Médicos (COPERMED), na cidade de Dom Pedrito.

Com a proposta de integrar as Seccionais, Sociedades de Especialidade e atender às necessidades de cada região e com maior área de abrangência, a quarta Caravana Digital AMRIGS iniciou com a fala do cirurgião geral digestivo e Presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul, Dr. Gerson Junqueira Jr, sobre a importância do mapeamento das zonas onde existe uma proliferação maior da presença da COVID-19.

“O ponto principal é entender como está a situação epidemiológica no estado. Pela análise de um modo geral, está havendo um declínio no número de casos. Já reduziu para 57% de ocupação de leitos de CTI no Estado, por exemplo. Estamos evoluindo, mas durante a reunião do Comitê Executivo COVID-19, foi recomendado que as cirurgias eletivas continuem não sendo feitas até o dia 30 de junho. Estamos conversando semanalmente com a Secretaria Estadual da Saúde mas a situação ainda é imprevisível ”, afirmou.

Em contrapartida, segundo Junqueira, é preciso levar em conta o grande represamento das cirurgias em 2020. No ano passado, Ministério da Saúde orientou Estados a adiarem cirurgias eletivas, como uma forma de poupar leitos e evitar infecções pela Covid-19, o que representou a não realização de 1,3 milhão de procedimentos no SUS. Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para a Saúde (Abraidi), a queda nos procedimentos foi de 59,8% em relação a 2019.

Entre as principais diretrizes e estratégias a serem tomadas pelos profissionais de saúde está a avaliação epidemiológica local e regional, apreciação institucional, garantia de EPIS adequados para toda equipe cirúrgica, adesão aos novos protocolos, visibilidade dos riscos para os pacientes, testagem para COVID-19 pré-operatória que varia em algumas instituições, e a priorização e agendamento de casos.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional RS, Dr. Fábio Krebs, as definições das condutas internas precisaram respeitar a medicina e o conhecimento científico. Krebs destacou, ainda, algumas mudanças que ocorreram na área de ortopedia.  
“Muitos hospitais se organizaram de maneira que os pacientes tivessem uma assistência e para amenizar o sofrimento de alguns.  Houveram mudanças em vários procedimentos para fazermos em termos ambulatoriais e não em hospitais e isso inovou os processos e facilitou para seguimos adiante”, disse.

Entre as doenças mais afetadas pela pandemia está o câncer de mama.  De acordo com a Revista de Saúde Pública, o número de mamografias realizadas na rede pública nesta faixa etária diminuiu 42% em 2020 na comparação com o ano anterior, caindo de 1.948.471 em 2019 para 1.126.688 no ano em que a pandemia começou. O Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional RS, Dr. Leônidas Souza Machado, falou sobre a situação dos serviços ambulatoriais de nos blocos cirúrgicos.

“Quando começou a pandemia alguns serviços fecharam e como a área de mastologia é dependente da radiologia, conversamos com os colegas para unir esforços e atender os pacientes. No início da pandemia a diminuição pelas mamografias, por exemplo, chegou a 90%. Tivemos muitas cirurgias represadas mas ficamos orgulhosos ao dizer que as cirurgias oncológicas nunca deixaram de ocorrer”, destacou.

Segundo o coordenador do Serviço de Neurocirurgia e Neurologia do Hospital Mãe de Deus, Dr. Luis Felipe Alencastro, dificilmente um paciente vai descobrir um tumor em um exame de rotina. Além disso, as mudanças no posicionamento médico foram mudando com a continuidade da pandemia.

“Existem patologias mais benignas que podem esperar seis meses para serem operadas e nestes casos, inicialmente, a conversa foi de adiamento. Como vimos que a pandemia não ia durar apenas seis meses, hoje não damos perspectivas reais de liberação para realização dos procedimentos. Mas conseguimos bater um ritmo constante de cirurgias quer não podem esperar mais de um mês para serem realizadas e outros pacientes foram remanejados para serem tratados. Criamos dois comitês de cirurgiões e de crises, onde tínhamos que receber uma justificativa dos colegas com as razões da necessidade de realização de uma cirurgia. Onde tivemos mais prejuízos foi nas cirurgias de coluna”, explicou.

Consideradas a de maior risco e eletivas essenciais, as cirurgias bariátricas voltaram a ser realizadas praticamente em nível normal. Um dos motivos da mudança é o fato de que a obesidade, diabetes e hipertensão são fatores de risco para a COVID-19. O Presidente Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Capítulo RS, Dr. Carlos Madalosso, explicou a importância da realização das cirurgias mesmo em período de pandemia.

“Precisamos prevenir os pacientes pois o risco na cirurgia é muito menor, ou seja, depois de 14 dias já temos uma problemática gradualmente menor que no período pré-operatório. Não podemos tirar dos pacientes as chances de terem um desfecho melhor”, ressaltou.

Fonte: PlayPress
Autor: Marcelo Matusiak
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: Gelson Junqueira Jr. (Divulgação)


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