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Profissionais da saúde foram alvo de pesquisa da Anvisa
Quase 40% dos profissionais da área de saúde se dizem influenciados quando vão prescrever um medicamento aos pacientes. Os trabalhadores do Sistema Único de Saúde foram alvo de uma pesquisa, que visa descobrir se as estratégias de marketing das indústrias poderiam mudar a opinião de um médico, na hora de passar um medicamento.
A pesquisa surgiu pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em parceria com instituições de ensino superior de 15 cidades brasileiras. “As informações obtidas com a pesquisa irão subsidiar tanto as ações de monitoramento, fiscalização e regulação da propaganda quanto às estratégias para fortalecer a racionalidade na aquisição, dispensação e uso de medicamentos nas unidades básicas de saúde”, complementou a gerente geral de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado Fagundes
Segundo a pesquisa, com médicos e dentistas abordados, 41,3% deles alegaram receber visitas de representantes de medicamentos em seu local de trabalho, a maioria ocorre mensalmente. Os profissionais distribuem informações e ainda entregam folders e amostras grátis. Para tanto, os médicos que disseram sofrer à influência da propaganda na prescrição de medicamentos, com 37,7%, já 77,9% deles afirmaram que não sofrem interferência.
Em contrapartida, 92,5% dos entrevistados julgaram que as informações apresentadas pelas propagandas podem ser insatisfatórias ou incompletas. Mesmo assim, 64,9% disseram que consideram essas informações ao escolher o medicamento que irá prescrever.
A pesquisa demonstrou que ocorre pressão da indústria farmacêutica nas decisões dos gestores em relação à compra de medicamentos, uma vez que 75% dos entrevistados recebem representantes da indústria que ofertam brindes e impressos sobre os medicamentos.
Outro caso mostrado, por meio da pesquisa, é que na maioria das unidades estudadas não existe uma dispensação de medicamentos, mas simplesmente entrega do produto ao usuário, uma vez que o farmacêutico é o único profissional devidamente capacitado. Além do mais, 83,3% dos entrevistados informaram que as prescrições médicas usam o nome comercial dos medicamentos em vez do nome genérico, o que contraria a legislação em vigor.
“Dados obtidos em 15 capitais incluindo o distrito federal, são alarmantes, mostrando que o poder público municipal tem dificuldades em cumprimento da legislação, privando a população do direito da correta informação sobre o medicamento, e expondo o medicamento aos cuidados de leitos”, diz o tutor do Portal Educação, farmacêutico Ronaldo Costa.
Autor: Imprensa
Fonte: Portal Educação
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