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No último dia 19, a Febraban anunciou sua escolha para ocupar a presidência executiva da entidade, em substituição a Fábio Barbosa, cujo mandato termina daqui a dois meses O economista Murilo Portugal assume a presidência da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a partir da terceira semana de março – deixando o terceiro mais importante posto ocupado por um brasileiro na hierarquia do Fundo Monetário Internacional (FMI), o de diretor-geral adjunto – com planos de ampliar a integração dos bancos com o setor produtivo. No último dia 19, a Febraban anunciou a escolha de Portugal para ocupar a presidência executiva da entidade, em substituição a Fábio Barbosa, cujo mandato termina daqui a dois meses. Portugal – que também já foi secretário do Tesouro Nacional no governo Fernando Henrique Cardoso e secretário executivo do ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antônio Palocci – quer ampliar a integração da área bancária com o segmento produtivo, dentro do esforço do país de alcançar um maior desenvolvimento econômico e social. Por telefone, em entrevista à Agência Brasil, da sede do FMI em Washington, nos Estados Unidos, o economista destacou três papéis do sistema bancário que podem contribuir nesse processo: o que garante o pagamento de obrigações de todos os agentes econômicos com precisão; o que protege e faz crescer a poupança de milhões de brasileiros e o que financia pessoas que têm projetos para executar, mas lhes faltam recursos. A redução das taxas de juros no futuro é vista como positiva para o setor bancário, segundo ele, uma vez que contribuirá para elevar o número de tomadores de crédito, assim como a inclusão de novas parcelas de brasileiros que tiveram aumento de renda, mas não têm conta bancária. O processo de seleção do substituto de Murilo Portugal no FMI foi iniciado ontem (21). O cargo não deverá ficar com outro brasileiro já que a terceira função de comando do fundo sempre fica com um país emergente. O cargo de diretor-geral é reservado sempre para um dos países europeus e o segundo posto é ocupado por um representante dos Estados Unidos. Portugal não quis dar opinião sobre esse processo de escolha. De 2005 a 2006, Portugal foi secretário executivo do Ministério da Fazenda, último cargo antes de ser nomeado diretor-geral adjunto do FMI. Ele foi o primeiro brasileiro a ocupar o terceiro principal posto do órgão. Formado em direito com pós-graduação em economia pela Universidade de Manchester, Portugal é considerado um dos melhores técnicos em macroeconomia do país. Para o presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, Portugal foi responsável por um trabalho duradouro na entidade, conforme declarou em nota. O brasileiro tinha sob sua responsabilidade as áreas de estatística e de base de dados e a supervisão das políticas do fundo em relação a um grupo de 81 países-membros. Edição: Lana Cristina Autor: Ivanir José Bortot Fonte: Agência Brasil |