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Construção pede continuação do IPI reduzido a materiais

Preocupado com possíveis aumentos nos preços dos materiais de construção, o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Elias Conz, pediu, na última segunda-feira (14), a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), concedida pelo Governo a alguns produtos do setor.

Para Conz, é preocupante um eventual aumento nos preços tendo em vista a construção de moradias por meio do programa habitacional do Governo "Minha Casa, Minha Vida". "Pedimos a continuação da desoneração porque não faz sentido correr o risco de um eventual aumento de preços de produtos com um programa como o "Minha Casa, Minha Vida" em andamento", afirmou, por meio de nota.

Alta difícil de segurar

Segundo Conz, o aumento da matéria-prima importada necessária para a fabricação de alguns itens está causando forte impacto nos preços. "Estamos preocupados e nos articulando para evitar uma possível alta nos preços, principalmente em função do aumento do custo de matérias-primas no mercado externo, que está trazendo reflexos para o mercado interno".

Ele exemplifica afirmando que o PVC, necessário para fabricar tubos e perfis, teve seu preço reajustado a valores superiores a 23%, em menos de 30 dias, no mercado internacional. O presidente da Anamaco teme que, com essa forte alta, os setores ligados à construção não consigam segurar os preços dos produtos para o consumidor.

Conz afirma que o retorno do IPI aos patamares anteriores prejudicará as vendas dos materiais, uma vez que somente agora os lojistas podem repassar 100% do desconto do imposto já concedido. "As lojas tiveram de trabalhar com um preço médio, porque os estoques estavam com mercadorias com o IPI antigo e, em contrapartida, o consumidor já estava solicitando o desconto no balcão", afirmou.

Vendas crescem em agosto

As vendas de material de construção cresceram 4,9% em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado. Na comparação mensal, o incremento das vendas foi um pouco maior, de 5%, de acordo com dados da Associação, divulgados na última segunda-feira (14).

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o aumento das vendas do setor foi de 2,5%. A Associação espera que o setor feche 2009 com incremento de 6,5%, na comparação com 2008.


Autor: Redação
Fonte: InfoMoney

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