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385 estabelecimentos foram ouvidos entre outubro e novembro de 2018

A crise econômica, a carga tributária elevada, a pirataria de produtos e a concorrência informal aparecem como os grandes empecilhos para a expansão das vendas das óticas gaúchas. Os dados estão na sondagem divulgada pela Fecomércio-RS nesta segunda-feira, 17 de dezembro. Foram ouvidos 385 estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional entre os dias 31 de outubro e 29 de novembro, com a proposta de criar um perfil dos segmentos pesquisados, conhecendo melhor o cotidiano dos locais, como estruturam suas finanças, elaboram estratégias, se relacionam com clientes, além de outros pontos. O material completo está disponível aqui.

A sondagem mostra ainda que 62,9% dos ouvidos considerou o desempenho das vendas regular ou ruim, o que não prejudicou o número de funcionários - 78,4% permanece com a mesma força de trabalho. A sondagem revelou que a organização e o planejamento financeiro ainda necessitam de ajustes. Grande parte das óticas está há mais de 10 anos no mercado (74,8%), tem uma contabilidade independente, apontada por 74,8%, porém 26,2% tem um controle superficial ou não controlam as finanças, o que preocupa a entidade.

“As últimas sondagens que fizemos mostram um longo caminho de maturidade financeira para as empresas gaúchas, em vários setores. Acreditamos que esse é um ponto ainda a ser melhorado, que com tempo e auxílio de sindicatos e outras instituições será feito”, garante o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. A sondagem mostrou também que os gestores estão buscando capacitação - 53% realizaram cursos e treinamentos no último ano. Em relação ao endividamento, 46,5% afirmam não haver endividamento e 48,0% que o endividamento é baixo ou controlado. Quando há necessidade de crédito, o capital dos sócios ainda continua sendo utilizado por 65,5% dos entrevistados.

Perguntados em relação ao mix de produtos, as óticas gaúchas citaram que costumam pesquisar tendências (69,1%) ou orientam-se por fornecedores (55,9%) quando querem oferecer novidades aos clientes. entretanto, não há uma proatividade dos locais em buscar novos fornecedores. Entre os entrevistados, 31,4% espera ser contatado por novos fornecedores e 37,9% não seleciona novos fornecedores. As redes sociais, por sua vez, são utilizadas para a promoção do negócio e relacionamento com clientes em 86,8% dos estabelecimentos.

Por fim, a sondagem também avaliou as expectativas do empresariado do segmento. Os números, revelaram que os empresários estão otimistas com o futuro. Para 49,9% dos entrevistados a economia brasileira deve melhorar muito em 2019 e para 58,4% as vendas de seu negócio devem melhorar muito nos próximos seis meses.


Autor: Redação
Fonte: Assessoria de Comunicação Fecomércio-RS

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