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Conclusão é a de que a navegação ainda é complicada

A Proteste Associação de consumidores avaliou 57 aparelhos celulares (21 smartphones, 26 tradicionais com câmera e MP3-player, e 10 com câmera). A conclusão é que apesar de os smartphones permitirem o acesso à Internet, nem sempre esta é uma ação facilmente executada. As telas de muitos aparelhos ainda são bem pequenas, dificultando a visualização das mensagens.

Além disso, escrever endereços e voltar de páginas, às vezes, requer vários cliques. Na avaliação da PROTESTE os desenvolvedores dos aparelhos precisam pensar melhor em aspectos como usabilidade e arquitetura da informação. As análises apontaram como melhor smartphone para navegar o iPhone, da Apple, enquanto o melhor para ler e escrever e-mails , o BlackBerry.

Quanto ao uso, em geral, armazenar números foi mais fácil nos modelos da Nokia, Blackberry e Motorola. E, em linhas gerais, os telefones da Apple, Samsung e Nokia apresentaram baterias que resistem por mais tempo. O aparelho com maior autonomia de duração da bateria em ligações foi o Nokia N97.

Com o 3G ligado, o Samsung Omnia apresentou a melhor autonomia de bateria: oito horas. A função de tocador de música funciona aceitavelmente bem, em geral. Mas os fones de ouvido fornecidos deixam a desejar. As análises completas estão na revista ProTeste nº 91 de maio, distribuída aos cerca de 240 mil associados. Com a escolha certa apontada no teste o smartphone pode sair por R$ 530.

Foram selecionados os 21 smartphones e os 15 aparelhos com câmera e MP3-player melhores avaliados. A lista completa dos aparelhos testados, incluindo uma indicação de "o barato do teste" para aparelhos que trazem somente câmera está disponível em: www.proteste.org.br/celulares. Foram coletados 4707 preços para os 57 aparelhos pré-pagos testados nas capitais da BA, CE, MA, PB, PE, RJ (e Niterói), SP, PR, SC e RS e em Brasília em fevereiro de 2010.

Foram feitas 11 análises: qualidade sonora; sensibilidade ao sinal; facilidade de uso; duração da bateria; ergonomia; facilidade de transporte; durabilidade; facilidade para compor e ler torpedos; qualidade da câmera fotográfica; desempenho do MP3-player e, quando possível, facilidade de acesso à Internet e leitura de e-mails.

A Proteste não detectou problemas de recepção de sinal em nenhum dos aparelhos, seja em 1.800 ou 900 MHz de frequência. Também não foram detectados problemas na recepção de sinais para conexão à Internet. Quem for conectar um dos smartphones testados e a conexão estiver lenta, saiba que o problema não será do telefone, mas do local em que estiver que não terá boa cobertura 3G ou Wi-Fi.

Além de testar as funções dos aparelhos, foram avaliadas: resistência a quedas e a acidentes com água, que podem acontecer com qualquer consumidor. Os resultados para o teste de choque (resistência a quedas corriqueiras, como da altura do bolso da calça de um adulto) foram muito bons. As exceções ficaram com o Nokia N85 e o Sony Ericsson T303, que apresentaram pequenos danos. Os aparelhos testados também demonstraram relativa resistência à água e acabamento de boa qualidade.

Com tantas funções embutidas, os smartphones são quase "pequenos notebooks" que você pode carregar no bolso. Com eles, já é possível ver o seu extrato bancário em qualquer lugar, digitar e enviar e-mails e ainda usar a calculadora, agendar as tarefas cotidianas, tirar fotos e gravar vídeos. Todavia, por melhor que sejam a câmera e o MP3-player dos telefones, essas funções ainda não apresentam a mesma qualidade ou eficiência de quando executadas por máquinas fotográficas ou players de alta qualidade isolados.

Os modelos de Smartphones testados foram: Nokia N97; Nokia 5800 XpressMusic; Apple iPhone 3G S 16 GB; Apple iPhone 3G S 32 GB; Nokia 5530 XpressMusic; LG BL40 New Chocolate;Samsung GT-S8000 Jet; LG KC910 Renoir; Blackberry Curve 8520; Samsung S5230; LG KM900 Arena; Nokia N95 8GB; Blackberry Bold 9000; Samsung SGH-i900 Omnia; Nokia N85; Nokia 6710 Navigator 889; Samsung M7600 Platine; Nokia E71; HTC Touch Diamond; Sony Ericsson W995 e HTC Magic.


Autor: Vera Lúcia Ramos e Thais Nascimento
Fonte: Proteste

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