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O orelhão ficou maior
   
     
 


31/07/2010

O orelhão ficou maior
Como ficará o mercado brasileiro das teles depois que a gigante Telefônica comprou o controle da Vivo e prometeu crescer ainda mais no País

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BIG BROTHER
Telefónica agora tem quatro serviços diferentes

Acaba de nascer no Brasil um gigante com peso suficiente para ser comparado ao verdadeiro Big Brother, o grande irmão eternizado por George Orwell no livro “1984”. A espanhola Telefónica, maior companhia de telefonia do mundo, assumiu a liderança absoluta do setor de telecomunicações no País ao comprar de sua sócia Portugal Telecom (PT) o controle da maior operadora de celulares do País, a Vivo, por 7,5 bilhões de euros. Segundo o presidente da Telefónica, César Alierta, o Brasil é um mercado no qual a empresa mantém uma “aposta de futuro”. Essa estratégia ficou clara diante do esforço que os espanhóis empreenderam para ficar sozinhos no comando da Vivo. A Telefónica tomou um empréstimo de 8 bilhões de euros no Citibank para abocanhar a parte da PT. Além disso, vai lançar uma oferta pública pelo restante do capital da Vivo. “Estamos muito satisfeitos por termos chegado a um acordo com a Portugal Telecom que beneficia os acionistas das duas empresas”, afirmou Alierta.

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Detentor de poder de veto nas decisões da PT, o governo português resistia à venda da Vivo, pois não queria sair do mercado brasileiro. Cedeu, no entanto, quando viu a possibilidade de participar do controle da brasileira Oi. Havia um empecilho: o acordo de acionistas da supertele nacional, que resultou da fusão entre Oi e Brasil Telecom, blinda a venda para investidores estrangeiros. O obstáculo foi superado quando a Portugal Telecom concordou em ficar com 22,38% do capital e investir 3,7 bilhões de euros na Oi. Também ofereceu à Telemar (controladora da Oi) 10% de seu capital, além da participação na administração. “Demos adeus à Vivo com nostalgia, mas permaneceremos no Brasil, que tem todas as condições para tornar-se uma das maiores economias do mundo”, disse o presidente da PT Telecom, Zeinal Bava. O primeiro-ministro português, José Sócrates, também comemorou: “Valeu a pena ter resistido às pressões do mercado financeiro, dos interesses imediatistas e daqueles que achavam que se devia fazer um negócio que limitaria a PT na sua ambição universal.”

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NOVA CHANCE
O presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, comemora com Lula a entrada na Oi

Por causa da resistência dos portugueses, o negócio arrastou-se por pelo menos três meses. Mas como a oferta da Telefónica não parou de crescer, indo de 5,7 bilhões de euros até 7,5 bilhões, e o governo brasileiro abriu as portas para a entrada da PT na Oi, a Portugal Telecom, finalmente, entregou os pontos e concordou em se desfazer da Vivo. De acordo com o ex-superintendente da Anatel e economista do Ibre/FGV, Márcio Couto, também pesou o fato de os portugueses não terem operadora fixa no Brasil. “A tendência é combinar ofertas de serviços móveis com fixo. Se permanecesse só com a Vivo, sem operadora fixa, a PT poderia sumir do mercado”, diz Couto. A situação da Telefônica é diferente. Alierta espera conseguir o sinal verde das autoridades brasileiras para concretizar o negócio em 60 dias, dar início a um ambicioso plano de integração de suas redes e passar a oferecer pacotes que incluem serviços de voz fixa, móvel, banda larga e tevê por assinatura, o chamado quadruple play.

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Durante a parceria com a PT, os espanhóis estavam impedidos de unir as operações de telefonia móvel com a da Telesp (seu braço na telefonia fixa) e perdiam dinheiro com a interconexão fixo-móvel. Agora, a Telefónica promete aumentar em 24% seus investimentos em banda larga este ano, o que representa R$ 930 milhões, e faz planos de manter um ritmo acelerado de crescimento. “Em São Paulo, onde a Telefônica tem sua rede fixa, a concorrência poderá ser afetada com a combinação de serviços. O consumidor deverá receber novas ofertas de pacotes com descontos”, diz o professor especialista em telecomunicações da FGV, Arthur Barrionuevo. De acordo com relatório da Standard & Poor’s, a Vivo poderá se beneficiar das sinergias com a Telesp. “Acredito que o negócio acirrará a competição com a Oi, na oferta residencial, e com a Embratel, no corporativo”, avalia o gerente de pesquisa para a indústria de telecom na Frost & Sullivan, José Roberto Mavignier. O certo é que nasceu um gigante e o mercado vai tremer com seus movimentos.

Fonte: ISTOÉ Independente
Autor: Adriana Nicacio
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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