Líder no mercado de saúde suplementar, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) é uma entidade sem fins lucrativos que representa cerca de 260 operadoras de planos de saúde associadas. Segundo o presidente da associação no Rio Grande do Sul, Francisco Santa Helena, que palestrou na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) na segunda-feira (2), o principal objetivo estabelecido desde a sua fundação, em 1966, é organizar, disciplinar e representar as empresas privadas de assistência à saúde em atuação no território nacional. Hoje, o segmento de medicina de grupo representada pela entidade cobre aproximadamente 19 milhões de usuários, ou seja, quase 34% dos 56 milhões de clientes da saúde suplementar brasileira. Destes 19 milhões, 13,7 milhões são de planos coletivos e o restante, usuários de planos individuais ou familiares.

O sistema de medicina de grupo da Abramge possui uma rede de 80 mil médicos credenciados, 265 hospitais próprios com 25,4 mil leitos e mais 290 mil leitos conveniados de vários hospitais particulares. O número anual de consultas médicas atinge 111,15 milhões e as internações hospitalares chegam a 3,61 milhões. Só no ano de 2009, as operadoras de planos de saúde associadas à Abramge injetaram no sistema de saúde do País mais de R$ 20 bilhões.

No Rio Grande do Sul, a Abramge foi fundada em 1978 para promover a integração dos grupos médicos, defendendo os interesses da classe, estimulando seu crescimento e incentivando a criação de novas empresas do segmento. De acordo com Santa Helena, a medicina suplementar no Rio Grande do Sul, não incluindo o sistema Unimed, seguradoras e autogestão realizam 567.553 atendimentos por mês. São 830.457 beneficiários e um faturamento médio mensal de aproximadamente R$ 39 milhões.

Depois de falar sobre os números e dos benefícios do sistema, o presidente da Abramge-RS respondeu às perguntas dos participantes da reunião-almoço. Uma delas quis saber a opinião do médico sobre a CPMF.  Francisco Santa Helena declarou-se literalmente contra. Segundo ele, o Brasil já tem muitos tributos e o dinheiro não vai para a saúde. “A saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado. Está na Constituição brasileira”, afirmou.

Hospital do Círculo

A reunião-almoço da CIC foi alusiva aos 15 anos do Hospital do Círculo, construído com o intuito de se tornar referência em saúde no estado. Durante o evento, o superintendente do hospital, Roberto Toigo, apresentou o plano diretor de melhorias e ampliações para este ano. Entre as obras em andamento e previstas está o auditório com capacidade para 59 pessoas, ampliação do número de leitos do CTI adulto de dez para 20, revitalização da Recepção Central, reformulação do Pronto Atendimento, ampliação do Setor de Altas da área de Imaginologia. O novo Pronto Atendimento terá espaço de 1.900 m² e contará com oito consultórios médicos. Além de ter acesso facilitado e ficar em um espaço mais reservado das demais áreas do hospital.

Para homenagear a instituição pelos seus 15 anos, o presidente da CIC, Milton Corlatti, entregou uma placa alusiva à data ao presidente do Conselho de Administração do Círculo, Nelson Sbabo.