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Alessandro Vianna – psicoterapeuta
   
     
 


26/11/2010

Alessandro Vianna – psicoterapeuta
Geração cibernética: há muitos perigos por trás da tela
Acabamos de ver os casos de Gabriela Alves Nunes (13 anos) e Janaína Brito Conceição (16 anos) mortas em Salvador após um encontro secreto marcado pela internet.E Gabriele Haccourt de Carvalho (13) que desapareceu na tarde de terça-feira passada (16 /11) em São José dos Pinhais, indo ao encontro de um internauta adulto - também secretamente.

Esses são fatos reais, que mostram até onde vão os perigos do uso excessivo e isolado da internet pelos teens. Mas, mesmo para quem não passa por isso, há muitas outras ameaças a prevenir.

Tenho percebido uma profunda preocupação e frustração nos pais quanto à quantidade de tempo que as crianças e adolescentes desperdiçam na internet. Eles têm razão, mas só preocupação não basta. É preciso agir.

Se a infância e a adolescência são os anos de “treinamento” para a vida, nossos jovens estão se preparando muito bem para a exploração do computador e seus recursos.

Mas, mergulhados no msn, skype, orkut, twitter, facebook, my space, youtube, 4shared (só para citar alguns); mais os inúmeros jogos disponíveis online, quem tem tempo de estudar, praticar atividades físicas, ou interagir presencialmente com as outras pessoas? Quem tem tempo para alimentar-se de maneira adequada?

Como sabemos, o todo da vida que a gurizada tem de apreender é muito mais do que computador e internet.Então, o tempo tem de ser muito mais bem dividido.

Um ilustre pai, de olho nessa questão, é o próprio Bill Gates, um dos bilionários do núcleo cibernético. Há anos, ele impôs limites para o tempo que os seus filhos dedicam ao “lazer” na internet: 45 minutos diários e uma hora por dia nos finais de semana.

Alguns pais me dizem que, enquanto o adolescente está em sua casa, no computador, eles mantém o controle da situação. Então, questiono sempre: Que tipo de controle é esse? Isso não seria uma atitude de comodismo em relação ao exercício de educar? Me lembra o jeito como muita gente Alessandro Vianna usava a TV há 10 anos, deixando a criança se “distrair” em frente à telinha e assim ganhando tempo para os seus próprios afazeres.

Pedagogicamente falando, a imediata resposta do click no mouse pode distorcer a perspectiva do real, incentivando a gratificação instantânea, criando impaciência e intolerância nas crianças e adolescentes de hoje.Na vida real, as coisas não acontecem imediatas assim.

Além disso, sem sequer perceberem, as crianças vão focando-se na net (rede) e transformando-se cada vez mais em seres apáticos, isolados e fisicamente inativos.

Não nos iludamos.Nenhum pai ou mãe consegue controlar o conteúdo que o filho acessa, porque não pode ficar ao seu lado o tempo todo.São muitos os perigos das informações que chegam pela web extremamente deturpadas, como o tema sexo.A violência, então, está em quase todos os jogos.

Isso, sem falar no bullying cibernético, que já causou dezenas de suicídios entre crianças e adolescentes e vem produzindo traumas silenciosos e duradouros. Os agressores cibernéticos vão se multiplicando, protegidos pelo anonimato e incentivados pela imensa quantidade de possíveis vítimas, disponíveis online praticamente a qualquer momento; bastando uma rápida pesquisa.

E, exposto da rede, esse jovenzinho aprende muitos conceitos, palavras e hábitos escusos, piores do que os da TV; já que “ninguém está vendo”.

A quantidade excessiva de tempo que a geração cibernética passa prostrada na tela do computador impede o melhor aproveitamento do tempo, que poderia ser utilizado no exercício de outros comportamentos fundamentais para sua vida futura, incluindo o desenvolvimento emocional.

Antigamente, as crianças se reuniam para ir até as bibliotecas ou outros locais e, consequentemente, treinavam o ato de se socializarem. Os adolescentes buscavam os grupos para se relacionar, paquerar, achar a sua “turma”.Hoje, aparentemente, temos tudo numa tela de poucos centímetros. Até namoro e sexo tornaram-se virtuais!

Como já se vê, algumas consequências dos excessos da vida paralela online já chegaram.Mas outras estão a caminho e nem podemos imaginar quais são.

Já passa da hora de pais e educadores levarem o assunto muito a sério e tratarem de manter um equilíbrio na distribuição do tempo e das atividades desta nova Geração Cibernética; já que ela não tem condições nem experiência de vida para decidir isso por si mesma.

Fonte: Ausepress
Autor: Alessandro Vianna
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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