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Novas revelações sobre a sucessão no BC
   
     
 


12/12/2010

Novas revelações sobre a sucessão no BC
Informações acrescentam algumas peças no complicado quebra-cabeça da formação do governo Dilma Rousseff

Fonte próxima ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, diz que ele é vítima de “fogo amigo” e comunicou a saída do cargo bem antes de surgirem as especulações de que estaria impondo condições para permanecer

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Sylvio Costa*

Fonte idônea e próxima ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, procura a coluna para esclarecer aspectos importantes relacionados com texto publicado horas atrás, neste espaço, sobre os bastidores da escolha de Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central. As informações acrescentam algumas peças no complicado quebra-cabeça da formação do governo Dilma Rousseff.
 
Ratificando o que foi publicado antes aqui, a fonte descarta que a indicação de Tombini tenha decorrido, conforme versão que ganhou corpo em vários jornais, da contrariedade de Dilma com a suposta exigência de Meirelles de só permanecer no cargo se tivesse total autonomia. E acrescenta alguns detalhes reveladores sobre o tema.

“Isso nunca aconteceu. Se Meirelles trabalhou com Lula oito anos sem exigir isso, por que faria essa exigência a Dilma? Não faz sentido”, afirma ele, apontando tais especulações como “fogo amigo”, disparado por “deputados do PT” que jamais entenderam o papel do BC no mundo de hoje. “Eles ainda veem questões como política monetária sob o prisma ideológico, não percebem que isso é uma matéria técnica, que precisa ser enfrentada tecnicamente. Em algumas situações, ou você eleva os juros, por exemplo, ou vai pagar caro por isso. Vai ter inflação, vai perder o controle sobre a moeda”, diz.

Meirelles, garante a fonte, jamais fez a tal exigência e jamais fez a jornalista algum qualquer declaração que pudesse avalizar a interpretação de que condicionaria a continuidade no cargo à conquista de autonomia. Quando tais especulações surgiram no noticiário dos jornais, continua a fonte, Meirelles já havia comunicado sua iminente saída do BC, em reunião – realizada em Basileia (Suíça) – do conselho integrado pelos presidentes dos principais bancos centrais do mundo.

E o que pretendia, então, Meirelles? Segundo a fonte, seu projeto preferencial, compartilhado pelo presidente Lula, era mesmo o de sair candidato a vice-presidente da República na chapa de Dilma. Abandonou a ideia depois de ficar claro que tal plano só teria alguma possibilidade de sucesso mediante confronto com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer. “Ele cogitou de disputar a indicação com o Temer”, admite. A desistência ocorreu porque os únicos desfechos possíveis seriam ou a derrota de Meirelles na convenção peemedebista ou uma vitória traumática, que deixaria graves fissuras na coalizão governista.

Desde o início do ano, porém, Meirelles apenas aguardava um bom momento para deixar o BC. “Ele havia decidido que dois mandatos seriam o máximo que ele permaneceria no BC”. E foi assim, conta, que o atual presidente do BC começou a costurar o nome de Tombini para a sua sucessão.

A decisão de Henrique Meirelles de deixar o banco era tão conhecida que, em seu aniversário, comemorado no oitavo andar do BC no último dia 31 de agosto, o diretor de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural do banco, Gustavo do Vale, falou em tom de despedida ao discursar em homenagem ao presidente.

Por fim, a fonte contesta a informação de que o procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes, tenha sido cogitado como opção para suceder Meirelles. “Ele é uma pessoa ótima, não tem nada de arrogante, isso foi casca de banana que jogaram pra você”, contesta. “Mas sua indicação seria um desastre. Ele é advogado. Se a Dilma desse essa sinalização, seria o mesmo que dizer que o BC passaria a ser conduzido politicamente, seria o fim da gestão técnica que marcou a atuação do banco todos esses anos”. Nesse ponto, a coluna reafirma o que foi dito antes: por mais exótica que soe a ideia, o nome de Isaac foi, sim, considerado para comandar a instituição. E quem cogitou disso foi a própria presidente eleita Dilma Rousseff.

Última pergunta, que segue em aberto. Apesar da gestão reconhecida – inclusive internacionalmente – como bastante exitosa, Meirelles não emplacou na vice. Não encontrou espaço para se lançar ao governo de Goiás. Não foi brindado, como se chegou a especular durante a campanha presidencial, com a promoção para ministro da Fazenda. E agora, qual será o seu destino? Resposta ouvida: “Ele é muito reservado quanto a isso, realmente não sei. Posso dar um palpite. Vejo maiores chances de ele ir para a iniciativa privada”. 

* Jornalista, criou e dirige o site Congresso em Foco. Mais informações na seção Quem somos.

Fonte: Congresso em Foco
Autor: Sylvio Costa
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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