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Mercado de reposição automobilística sofre com o desabastecimento
   
     
 


14/12/2010

Mercado de reposição automobilística sofre com o desabastecimento
Cada vez mais o consumidor brasileiro está sofrendo com a dificuldade de encontrar peças de reposição para seu automóvel

Cada vez mais o consumidor brasileiro sofre com a dificuldade de encontrar peças de reposição para seu automóvel, incluindo lataria e componentes visuais, tais como para-choques, retrovisores, para-lamas, faróis, lanternas, entre outros. De acordo com a Anfape – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças, esse gargalo não é uma questão nova, mas era frequente com veículos importados. Nos últimos anos, porém, a questão vem se agravando com os carros nacionais e já atinge intensamente o consumidor.

Recente pesquisa da Anfape realizada com usuários do Orkut em comunidades relacionadas a automóveis comprova que muita gente já vivenciou a experiência de ter procurado autopeças em concessionárias e não ter encontrado. A pesquisa contou com 534 participantes, sendo que 51% confirmam que já sofreram com o desabastecimento. A analista de comércio exterior, Fernanda Rinaldi, é um exemplo. “Eu tive de recuperar o para-choque quebrado do Fiesta porque a montadora não tinha a peça”, conta.
 
De acordo com Roberto Monteiro, superintendente geral da Anfape, quem não conhece o forte, complexo e dinâmico mercado de autopeças brasileiro não sabe que não há somente peças de reposição produzidas pelas montadoras ou por seus fornecedores. “Há milhares de indústrias que atuam exclusivamente no aftermarket, movimentando cerca de R$ 57 bilhões ao ano”, esclarece. São nessas indústrias do mercado independente, segundo ele, que o consumidor muitas vezes consegue a peça de que necessita e que não encontra na concessionária.
 
As independentes seguem padrões de qualidade e disponibilizam produtos a custos mais acessíveis, além de garantirem a reposição de peças de automóveis mais antigos, segmento que os fornecedores das montadoras, muitas vezes, não conseguem mais abastecer porque deixaram de fabricar determinados tipos de peças. Muitos desses players estão no país há muito mais tempo que as próprias montadoras, já que alguns foram fundados há 40 anos.
 
De acordo com dados da Anfape, o mercado independente de autopeças gera mais de 934 mil empregos diretos em mais de duas mil indústrias, mais de mil distribuidores, 35 mil varejistas e 120 mil oficinas. Todos diretamente interessados na preservação do segmento. São mais de 200 mil itens para 400 modelos de veículos de todos os tipos, entre ônibus, caminhões, automóveis e motocicletas.
 
Desabastecimento pode piorar

Desde 2007, três grandes montadoras de veículos – Ford, Fiat e Volkswagen – vêm tentando impedir na justiça a atuação dos fabricantes independentes de autopeças, lesando o consumidor em seu direito à livre escolha e tornando ainda mais grave a ameaça do desabastecimento. “Se o mercado independente deixar de atuar, o consumidor será bastante prejudicado pela falta de peças e pela falta de concorrência, o que tende a favorecer ainda o aumento dos preços”, afirma Monteiro.

Fonte: Accesso
Autor: Lilia Rebello e Vanessa Denardi
Revisão e edição: Carlos Alexandre Machado

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