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Eduardo Tessler – jornalista e consultor de empresas de comunicação
   
     
 


15/12/2010

Eduardo Tessler – jornalista e consultor de empresas de comunicação
A maior derrota da história do futebol brasileiro
AP
O volante argentino Pablo Guiñazú, do Inter, deixa o campo após derrota para o Mazembe, do Congo
O volante argentino Pablo Guiñazú, do Inter, deixa o campo após derrota para o Mazembe, do Congo

Há uma diferença fundamental entre a Seleção do Uruguai, que venceu a do Brasil na final da Copa de 1950 no Maracanã por 2 a 1 - de virada - e o Mazembe, desconhecida equipe do Congo que derrotou o Internacional ontem pelo Mundial da Fifa de Abu Dhabi: a equipe de Obdulio Varela e Gigghia jogava muito bem.

O Brasil chorou o "Maracanaço" e por 60 anos ninguém conheceu uma derrota mais vergonhosa. Desde ontem a façanha pertence à equipe gaúcha do Internacional, que sofreu 2 a 0 de um time ingênuo, amador, fraco, e com isso fica de fora da final do Mundial Interclubes, frustrando 10 mil torcedores que estão nos Emirados Árabes (média de US$ 5 mil gastos por cada um), 100 mil sócios e cerca de 4 milhões de colorados. O Mazembe não tem futebol para disputar a terceira divisão do Maranhão. Seria páreo duro para o pernambucano Ibis, considerado o pior time do mundo. Mas ganhou de um Inter nervoso, apagado, que só pensava na eventual final contra a Inter de Milão. Nunca houve vexame maior na história do futebol brasileiro.

Desde que o Inter ganhou a Libertadores da América, em agosto, o treinador da equipe, Celso Roth, só pensava na partida do próximo sábado. Foi aos poucos abandonando o Brasileirão e nem se preocupou com os sinais de que as coisas não andavam bem. Enquanto perdia para o quase rebaixado Avaí e empatava com o rebaixado Vitória - em casa - o treinador desdenhava os erros. Dizia apenas "nosso futebol está guardado para Abu Dhabi". Ficou tão bem guardado que ninguém encontrou.

A derrota faz parte do futebol. Há dois anos o Flamengo levou 3 a 0 do América do México no Maracanã. Uma vergonha. O Fluminense levou 4 a 1 da LDU. Um desastre. O Brasil foi eliminado da Copa da África pela Holanda e quatro anos antes, na Alemanha, pela França. Desilusão. Mas esses adversários têm tradição, qualidade, mesmo que tenham surpreendido o Brasil.

Levar 2 a 0 do desconhecido Mazembe será motivo de piada eterna para os colorados. A torcida do tradicional rival - Grêmio - vai confeccionar uma faixa com o nome da equipe do Congo para exibir em todos os clássicos Gre-Nal daqui para a frente. Até porque o Inter tem no currículo uma conquista de Mundial (2006) e agora, na melhor das hipóteses, um terceiro lugar. O Grêmio tem um Mundial (1983) e um vice.

Foram 90 minutos de terror. Uma equipe de jogadores experientes contra um bando de corredores, sem disciplina tática, mas que encontrou dois gols.

Trata-se do maior vexame da história do mágico futebol brasileiro. Só que a mágica, dessa vez, quebrou a varinha do professor Roth. 

Eduardo Tessler é jornalista e consultor de empresas de comunicação. Edita o blog Mídia Mundo.

Fale com Eduardo Tessler: edutessler@terra.com.br

Fonte: Terra
Autor: Eduardo Tessler
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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