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Alta de preço freia consumo de etanol e gasolina C deve bater novo recorde
   
     
 


11/01/2011

Alta de preço freia consumo de etanol e gasolina C deve bater novo recorde
Pelo segundo ano consecutivo, o consumo de etanol hidratado no País deverá ficar abaixo do esperado, mantendo-se longe da marca alcançada em 2009, quando bateu recorde, com 16,5 bilhões de litros
A grande vedete deverá ser novamente a gasolina C (tipo comum), que atingiu sua marca histórica no ano passado, com cerca de 30 bilhões de litros consumidos em 2010, de acordo com estimativas preliminares do Sindicato Nacional das Indústrias Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom).

O consumo estimado de etanol hidratado para 2010 está em cerca de 14,9 bilhões de litros. Se confirmadas as expectativas, será um recuo de 10% sobre o ano anterior. Até novembro, o consumo de álcool combustível ficou em 13,5 bilhões de litros, de acordo com informações da (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O de gasolina C alcançou 26,9 bilhões de litros até novembro, ultrapassando todo o volume do ano de 2009, de 25,4 bilhões de litros.

Para 2010, o consumo desse combustível deverá crescer 18%, estimulado pelo maior poder aquisitivo do consumidor - a venda e a produção de carros foram recordes no ano passado - e pela queda da demanda por etanol para abastecer os veículos. Neste ano, o consumo poderá superar os 30 bilhões de litros, considerando que apenas a atual frota de automóveis.

"Com poder aquisitivo maior, o consumidor troca de carro e estimula o mercado de combustíveis", afirmou Alísio Vaz, diretor do Sindicom.

Tradicional exportador de gasolina, o Brasil teve de importar o derivado de petróleo no ano passado, para dar conta do maior consumo no mercado doméstico. Até novembro de 2010, os volumes importados totalizaram 505 milhões de litros - em 2009 a importação ficou em apenas 22 milhões de litros, de acordo a ANP.

A vantagem do consumo de etanol em relação à gasolina caiu entre dezembro de 2010 sobre dezembro do ano anterior, de acordo com a ANP. Apenas em seis Estados das 27 unidades federativas o etanol compensava mais que a gasolina, ante sete Estados em dezembro do ano anterior. Vale a pena abastecer com etanol quando seus preços são iguais ou inferiores a 70% das cotações da gasolina. Na média nacional, o preço do litro do etanol passou de R$ 1,723, registrado em dezembro de 2009, para R$ 1,804, no mês passado. O aumento no período foi de 4,7%.

A demanda nacional por álcool hidratado recuou em 2010 pelos preços mais altos do produto, cerca de 20% acima na comparação com o ano anterior.

Segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar), o etanol perdeu mais espaço na região Nordeste, cuja safra de cana-de-açúcar tem início entre agosto e setembro, do que no Centro-Sul do país, uma vez que no segundo semestre do ano passado os preços do hidratado estavam mais firmes. Outro fator importante foi a maior disposição das usinas em produzir açúcar, cujos preços estão mais remuneradores, em relação com o etanol.

Já a demanda por etanol anidro, que é misturado à gasolina, deverá crescer este ano puxada pelo aumento de consumo do derivado de petróleo, segundo Rodrigues. A expectativa, segundo ele, é de que as vendas do tipo anidro sigam firmes.

O país conta atualmente com 212 distribuidoras de combustíveis, dos quais 150 estão na ativa. São cerca de 37,5 mil postos, dos quais 21,2 mil com bandeiras.

O mercado total de combustíveis em 2010, que incluem ainda diesel, querosene, óleo combustível e GNV (Gás Natural Veicular) deve somar 108 bilhões de litros. Se confirmadas as estimativas, será um crescimento de 9,5% em relação a 2009. O diesel responde por cerca de 46% desse mercado. "O avanço do consumo do diesel no país está muito mais ligado ao PIB [Produto Interno Bruto], uma vez que tem uma correlação maior com aportes em infraestrutura. No caso do etanol e gasolina, a demanda está muito mais ligada ao poder aquisitivo do consumidor. Os recentes dados mostram que em 2011 o consumo de combustível tem tudo para bater recorde, dado o cenário positivo", disse Vaz.

Fonte: Valor Econômico
Autor: Mônica Scaramuzzo
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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