É o que prevê a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), que realizou uma projeção do impacto da nova alta.

A avaliação da entidade é de que a Selic tem um impacto leve nas taxas "cobradas ao consumidor que, na média da pessoa física, atingem 119,97% ao ano". O mesmo acontece com o que é cobrado das empresas, diz a previsão.

Números

A Anefac também projetou números. Os juros do comércio devem subir de 94,27% para 95,15% ao ano, enquanto a taxa média do cartão deve passar de 238,30% para 239,77% ao ano. No cheque especial, a alta deve produzir aumento de 140,05% para 141,12% ao ano nos juros.

Para a compra de automóveis, o crédito direto deve subir de 32,92% para 33,55% ao ano, enquanto o empréstimo pessoal deve passar de 74,92% para 75,72%. Os juros de empréstimo pessoal deve passar de 201,74% para 203,05% ao ano.

Como um exemplo, de acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac, com a Selic em 11,25% ao ano, uma geladeira em 12 vezes (zero de entrada mais 12 prestações) terá parcelas mensais de R$ 176,28 (juros de 5,73% ao mês ou 95,15% ao ano). Antes da alta, o consumidor pagaria R$ 175,89 (5,69% ao mês ou 94,27% ao ano).

Empresas

Em relação às pessoas jurídicas, o impacto do aumento da Selic também deve ser pequeno. A taxa média de juros em operações de capital de giro deve subir de 43,91% para 44,58% ao ano, o que elevaria o pagamento de juros, em uma operação de R$ 50 mil, de R$ 4.763,76 para R$ 4.827,53.

Já os juros das linhas de desconto duplicatas devem passar de 43,91% para 44,58% ao ano.