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Confea solicita reunião extraordinária do Conselho Nacional de Defesa Civil
   
     
 


23/01/2011

Confea solicita reunião extraordinária do Conselho Nacional de Defesa Civil
Profissionais de Engenharia querem discutir medidas imediatas e plano de prevenção de tragédias

O presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo, solicitou nessa semana, ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Defesa Civil, do qual é membro. O objeto da reunião, conforme sugere em ofício expedido nesta tarde, é analisar as medidas tomadas pelos órgãos municipais, estaduais e nacionais em relação às consequências das chuvas no sudeste, bem como a definição de diretrizes para um plano nacional de prevenção de tragédias.

Ontem, o presidente do Confea esteve reunido ontem com os presidentes dos Creas do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco, com o objetivo de definir ações concretas do Sistema Confea/Crea para atender à situação emergencial existente na região sudeste, decorrentes das grandes chuvas e inundações.
 
Marcos Túlio explica que a próxima providência a ser tomada pelo Confea será colocar na pauta da sessão plenária, no próximo dia 26, a urgência para que os quatro Creas da região sudeste possam acessar uma linha de financiamento com o intuito de ajudar na mobilização dos profissionais junto às comunidades afetadas, prefeituras e governos estaduais. Além disso, será proposta a recuperação do projeto aprovado em 2010, na qual o Confea disponibiliza recursos para que os demais Creas possam atuar em situações semelhantes.
 
A segunda ação a ser adotada será a inclusão do assunto na reunião extraordinária do Colégio de Presidentes no dia 27. “O objetivo é buscar uma visão dos presidentes dos Creas e, posteriormente, do plenário sobre a necessidade de estabelecer um procedimento do Sistema para enfrentamento de situações como essa”, explica Marcos Túlio. O procedimento, segundo ele, deverá contemplar também as parcerias com entidades de classe e inspetorias para definição do que precisar ser feito.  “Isso porque quem vai estar no momento do evento será o inspetor ou o presidente da entidade local”.
 
Marcos Túlio explana que o procedimento deverá abarcar, entre outros fatores, a análise de propostas para o estabelecimento de um sistema de prevenção mais competente no país. “Existem estados que já possuem alguma coisa e outros que não têm absolutamente nada. Em nível do país, nós ainda não temos uma articulação clara de um projeto de prevenção de desastres ambientais”, afirma.
 
Uma análise
 
Hoje, há um número enorme de ocupação de áreas inundáveis e de risco geológico. “Por quê?”, indaga Marcos Túlio. “A nossa falta de planejamento levou à expansão urbana que saiu de 20% de ocupação para cerca de 85%, sem planejamento, concentrando pessoas em áreas que geram grandes problemas como esse”. Segundo ele, a política urbana brasileira, com rápida expansão, não teve planejamento adequado e eficácia na fiscalização. Nesse sentido, uma política de remoção será inevitável. “Por exemplo, a Serra do Mar. Especialistas disseram que a possibilidade de ocorrência de escorregamento na Serra do Mar é de 100%. Isso significa que em nenhuma hipótese essas áreas podem estar ocupadas”, ressalta.
 
Em sua opinião, não basta o planejamento urbano. “O planejamento tem de ser territorial, municipal, estadual e federal”. Além disso, não bastam ações emergenciais e pontuais. “É preciso planejamento de longo prazo”, ressalta. Como exemplo, lembra dos diques construídos nos municípios de Januária e Pirapora (MG). “Eles não tiveram manutenção. E o que vai acontecer? Basta ter uma incidência maior de chuva, como previsto para os próximos 20 anos e poderá inundar tudo”, alerta. 
“É um questão de decisão política e de alocação de recursos”, define. “O governo está pensando em resolver um problema político. Nós precisamos resolver um problema que também é técnico e social de uma gravidade e de um nível de investimento onde se fala em 2 trilhões de dólares somente para as medidas preventivas”.
 
Encontro de Lideranças
 
O tema também deverá ser tratado no Encontro de Lideranças do Sistema Confea/Crea, de 21 a 25 de fevereiro, em Brasília/DF. “Se possível, traremos experiências internacionais para o debate. Segundo ele, um dos palestrantes cotados para debater o tema será o ex-presidente da Federação Mundial das Organizações de Engenharia, também coordenador da Defesa Civil, na Austrália. Nesse país, o modelo de prevenção contra inundações existente fez com que o número de mortos fosse bem menor que no caso brasileiro. Naquele país, o número de mortos é de cerca de 20 pessoas, ao passo que as enchentes desse ano na região sudeste do Brasil já levaram a mais de 700 mortos.

Fonte: Assessoria de Comunicação e MKT do Confea
Autor: Aloísio Lopes
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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