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Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da Aspomil
   
     
 


07/03/2011

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da Aspomil
O mortal trânsito brasileiro
Os ciclistas de Porto Alegre promoviam uma manifestação por mais bicicletas e menos automóveis nas ruas quando 20 deles foram atropelados, de uma só vez, por um motorista que avançou em alta velocidade. Em São Paulo, um perueiro e um motoboy trocaram sopapos em frente a uma unidade policial, por causa de uma briga no trânsito. Também em São Paulo, um policial, andou vários quilômetros na contramão pela rodovia dos Bandeirantes, uma das mais movimentadas, e provocou um acidente de oito veículos. Uma motorista inexperiente caiu com o carro no rio e morreu. Outra motorista foi levada pela enxurrada ao tentar salvar o carro.

Essas são apenas poucas ocorrências do caótico trânsito brasileiro, registradas em locais privilegiados. Diariamente, centenas, talvez milhares de brigas, acidentes e fatos que colocam em risco a vida ocorrem nas vias públicas brasileiras. Mas, por falta de registro da ocorrência, não chegam ao conhecimento das autoridades e muito menos da população. Provocam o sofrimento dos envolvidos, mas não fazem parte da estatística e nem instigam qualquer providência saneadora.

A frota brasileira cresce vertiginosamente e a ampliação das vias públicas não é equivalente. Daí a disputa do espaço por um número cada vez maior de veículos e condutores, muitos deles sem o menor preparo para a vida em coletividade. O país possui extensa legislação de trânsito, mas sua obediência é precária, devido à fiscalização inadequada, a corrupção e a possibilidade de uma imensa gama de recursos que retardam a decisão judicial.

Juristas, autoridades e órgãos de trânsito precisam encontrar meios mais eficientes de controle ao veículo e, principalmente, ao motorista. Mas os governos não podem ignorar que a solução para o caos também passa pela oferta de transporte público eficiente. Não basta fiscalizar e multar pois, com esse procedimento, apenas se engorda o cofre público, mas os problemas continuam.

Nas metrópoles e nas grandes e médias grandes cidades interioranas, a população usa o automóvel por não dispor de metrô, ônibus e trens capazes de suprir suas necessidades de locomoção. Se essas alternativas forem oferecidas, por certo, boa parte do caos se resolverá, e o restante poderá se conseguir através de uma política de austeridade que retire das ruas os veículos mal conservados e os motoristas sem documentação ou com dificuldades para a boa condução. Há a necessidade de uma política agressiva de transporte público e um plano diretor integrado para contemplar os aglomerados regionais.

É preciso, primeiro oferecer o transporte publico eficiente e por preço compatível e, depois, conscientizar o condutor de que o automóvel não foi feito para uso esportivo e que seu motorista tem de apresentar boa saúde e se manter permanentemente atualizado. Mesmo que para isso tenha de recorrer a reciclagens.

A ONU (Organização das Nações Unidas) fixou como número tolerável a ocorrência de três mortes ao ano por grupos de 10 mil veículos. Nos paises com elevado nível de educação de trânsito ocorre apenas uma morte por 10 mil carros. E, no Brasil, o número 25 mortos por 10 mil veículos registrados. Só esse parâmetro exige providências imediatas. Imediatíssimas...

Fonte: Aspomil
Autor: Dirceu Cardoso Gonçalves
Revisão e edição: André Lacasi

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