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Mário Silveira de Souza, odontólogo, com conhecimento em odontologia desportiva, membro do CRO/RS
   
     
 


18/04/2011

Mário Silveira de Souza, odontólogo, com conhecimento em odontologia desportiva, membro do CRO/RS
Trauma dental: como prevenir e como remediar

O trauma dental – quando o dente lasca ou mesmo quebra – causa, não somente susto e, algumas vezes, dor, como também mal-estar por motivos estéticos. Ninguém quer desfilar por aí com dentes lascados ou quebrados. Esses traumas podem ocorrer desde as formas mais simples e triviais (e que, mesmo assim, ocasionam grande desconforto) até as mais graves e complexas, quando são ocasionados por quedas, colisões, acidentes, durante a prática de esportes etc.
 
O ideal é evitar esse tipo de incidente desagradável, tomando medidas preventivas; mas, quando o estrago já está feito, não é preciso entrar em desespero: sempre existe solução para todos os casos, incluindo os extremos.
 
O odontólogo, cirurgião dentista, membro do CRO/RS, Mário Silveira de Souza, esclarece as principais dúvidas envolvendo os traumas nos dentes.
 
Consumidor RS – Quais são as causas mais comuns de traumas dentários, desde as mais simples até as mais graves?
 
Mário Silveira de Souza – As causas mais comuns de traumas dentários nos adultos são a prática esportiva e acidentes automobilísticos. Já nas crianças, as brincadeiras nas pracinhas e nos pátios de escolas são os fatores de maior risco. Outras causas bem comuns são cabeçadas de filhos pequenos nos dentes superiores e anteriores dos pais e hábitos inconvenientes (parafuncionais) como roer unhas ou ranger os dentes (bruxismo).
 
O que o paciente deve fazer após sofrer um trauma simples, como um dente lascado? E no caso de fratura? E no caso de avulsão?
 
Um dente lascado em princípio não tem danos maiores, somente estéticos e, conforme a vaidade do paciente, ele buscará o atendimento odontológico. Se for uma pessoa vaidosa, buscará imediatamente, no mesmo dia. Em sendo uma pessoa que não se preocupa tanto com a estética de seu sorriso, buscará atendimento sem muita pressa, ou ainda deixará como está.
 
No caso de fratura dental, em nível de esmalte, não haverá tanta dor, somente quando tiver contato com alimentos ou bebidas mais frias ou mais quentes. O dente ficará sensível às alterações de temperatura. O ideal neste caso é tentar achar a parte que lascou (desde que não seja muito pequena) e levar junto ao consultório para que providências sejam tomadas. Neste caso é possível fazer a colagem do fragmento quebrado mas, na maioria das vezes, não é o que ocorre, e o paciente acaba fazendo uma restauração do dente em resina composta. Uma restauração de resina composta bem realizada satisfaz perfeitamente a estética e dura uns bons anos.
 
Já no caso de avulsão, saída do dente do seu local de origem, o paciente deve procurar imediatamente um dentista. Se o dente chegar a cair inteiro da boca cada minuto é essencial para que a reimplantação ocorra. Se isso ocorrer, o dente deve ser transportado dentro da própria boca até o dentista. O ideal é o próprio paciente reimplantá-lo (não dói) ao seu local de origem e procurar imediatamente o odontólogo para as devidas reparações. É possível sim salvar um dente que tenha sido avulsionado, “extraído”, da boca.
 
Na realidade, toda fratura deve ser analisada e monitorada por um período de tempo. Em muitos casos, o dano de um trauma vem meses ou anos depois da ocorrência. Um dente que sofreu um trauma pode ter a morte pulpar (nervo) imediata ou tempos depois, e necessitar tratamento de canal futuro.
 
E se caso não seja possível salvar um dente, ou mais dentes fraturados, paciência e tranqüilidade, pois hoje existem inúmeras alternativas para repor um dente perdido, como, por exemplo, um implante dentário.
 
No caso específico de crianças, quais os casos mais recorrentes e como os pais ou responsáveis devem agir?
 
Nos casos de crianças os traumas durante as brincadeiras são os mais recorrentes. Muitas vezes em crianças a visita ao profissional da saúde bucal serve para alívio da preocupação, pois, na grande maioria dos casos, não há o que fazer a não ser medicar a criança para alívio da dor e do edema. As crianças, por estarem em fase desenvolvimento, têm grande capacidade regenerativa. Provavelmente na segunda ou terceira visita ao dentista após o trauma é que será identificada a necessidade de tratamento reparador ou não. Manter a calma e passar essa tranqüilidade para a criança é o fundamental no momento de um trauma.
 
E em particular com esportistas? Como os traumas podem ocorrer e como saná-los? O que fazer para prevenir?
 
Os traumas em esportes são peculiares para cada modalidade praticada. Sem dúvida, os esportes de contato e radicais são os que mais lesionam. A única forma de minimizar os danos nos casos de traumas esportivos é através do uso de protetores bucais. Os protetores feitos em consultórios odontológicos são os ideais. Protetores bucais comprados em lojas, pré-fabricados, protegem apenas em 20% os dentes, enquanto um confeccionado da forma adequada e personalizada, por um dentista, protege 80% os dentes.
 
Em quais casos de trauma dental é necessária a intervenção de uma equipe multidisciplinar?
 
Uma equipe multidisciplinar é necessária em casos de traumas maiores, como por exemplo, os que envolvem fraturas ósseas associadas às fraturas dentais, ou ainda cortes extensos e profundos nas mucosas (lábios e bochechas). Em muitos casos, os dentistas acabam indicando o paciente para uma análise com um cirurgião buco-maxilo-facial, para averiguar se não houve fraturas ósseas. Em cortes extensos na face, um cirurgião plástico pode ser acionado também. Outra indicação comum dos clínicos gerais em Odontologia é o endodontista, que avaliará a saúde da polpa dental (“nervo”). O endodontista é o especialista em tratamento de canal.
 
Quais as medidas preventivas para evitar desde os acidentes mais simples nos dentes até os mais graves?
 
Sempre prevenir é melhor que remediar, por isso devemos zelar pelos nossos dentes. Não só em relação à higiene dos mesmos, para tê-los saudáveis e resistentes, mas também nas nossas ações do dia a dia – utilizar protetor bucal para prática esportiva, evitar roer unhas, mascar muito chiclete ou balas, alimentar-se com calma, cuidar nas brincadeiras com crianças, dirigir preventivamente, ter consciência nas ações cotidianas etc.
 
Dr. Mario Silveira de Souza – CRO 10.814
 
Graduação: formado pela ULBRA em 1997
Pos-Graduação: MBA em Gerenciamento de Projeto pela FGV
Foco de Atuação: clínico geral, tratamento do mau hálito e odontologia desportiva e empresário do esporte
 
Clínica OdontoPlanalto
CLM 1258
Endereço: Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 1326 – CEP 91.130-000 – Porto Alegre/RS
Fone/Fax: (51) 3340.6057

Fonte: Consumidor RS
Autor: Renata Appel
Revisão e edição: Renata Appel

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