O crescimento na procura por ovos de chocolate, carnes e bebidas nos últimos dias confirma as expectativas da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) de que esta seria a melhor Páscoa da década. Ao final deste domingo (24), a venda de produtos para a data deverá significar um incremento de R$ 130 milhões no faturamento dos supermercados gaúchos, um crescimento de 8,33% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Segundo o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, 25% da venda está concentrada nestes três dias que antecedem a data. “Neste sábado (23), os grandes carros-chefes das vendas serão a carne e as bebidas, para o churrasco em família, e as caixas de bombons, tradicional presente de última hora”, explica o dirigente. Conforme ele, ainda restam cerca de 800 mil ovos de chocolate nas parreiras dos supermercados, que deverão ser comercializados neste final de semana.

 

Ao todo, os supermercados do Estado vão fechar a Páscoa com a comercialização de 8,5 milhões de ovos de chocolate, 5,1 milhões de caixas de bombons e 400 toneladas de pescados, além de produtos como bebidas, carnes em geral, pães doces, azeites e outros chocolates.

 

 

A grande sensação desta Páscoa são os ovos premium e trufados, que receberam investimentos da indústria e ganharam a preferência de muitos consumidores. O crescimento na venda destes itens chega a 15% em relação ao ano passado, aponta o presidente da Agas.

 

Além do sucesso dos ovos infantis, com personagens licenciados e brinquedos, que confirma o crescente poder de decisão das crianças na escolha da compra, outro destaque são os novos formatos de ovos de chocolate, que ganharam modelos em bastão, arredondados e em coração, entre outros.

 

 

Os supermercados gaúchos venderam cerca de 400 toneladas de diversos tipos de pescado para as comemorações da Sexta-Feira Santa, número semelhante ao do ano passado. Longo destaca o potencial de crescimento deste segmento, e sugere a atenção do poder público a este setor. “É necessário um maior incentivo dos governantes aos criatórios, ou o setor primário continuará a mercê das mudanças climáticas e da maré, o que pode atrasar e prejudicar o fornecimento”, pontua o presidente.

 

 

O presidente da Agas explica que, mesmo com a proibição da aquisição direta de carne com osso de outros estados pelos supermercados gaúchos, que encareceu em 10% o produto, a costela bovina representará cerca de 55% da venda física de carne neste feriadão, comprovando a preferência dos gaúchos por este corte. “A entidade já está tomando as providências legais para revogar a portaria que impede a aquisição direta de carne com osso de outros estados, e garantir assim uma costela mais barata aos gaúchos no Dia das Mães”, conclui Longo.

 

 

A Agas projeta que pelo menos 20% dos 1,3 mil empregos temporários criados no setor, especialmente pela indústria de chocolates, sejam efetivados.