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José Fortunati, prefeito de Porto Alegre |
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O atraso nas obras do estádio do Corinthians, que o deixou fora da Copa das Confederações de 2013, reacendeu a esperança de Porto Alegre sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014. Apesar do estádio Beira Rio não ter a capacidade mínima exigida pela Fifa - 70 mil lugares - para receber o início do evento, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), afirmou que tentará uma diminuição dessa exigência.
"Estamos bem adiantados nas obras do estádio, que é particular, de propriedade do Internacional. E nos outros quesitos, como as obras de mobilidade, também estamos bem adiantados. Então, com os problemas encontrados por São Paulo, consultaremos a Fifa sobre a possibilidade de diminuir a exigência em relação à capacidade. Se ela (Fifa) aceitar, seremos candidatos à abertura, sim", afirmou Fortunati antes da reunião entre os prefeitos das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
Eles estão reunidos na manhã desta terça-feira em Brasília. A reunião, organizada pela Frente Nacional dos Prefeitos, antecede o encontro entre prefeitos e governadores com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, às 15h. Além do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), que coordena as conversas, e Fortunati, participam do encontro o prefeito de Recife, João da Costa; a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT); a prefeita de Natal, Micarla Sousa (PSB); e o secretário especial de articulação para a Copa de 2014 de São Paulo, Gilmar Tadeu, que representa o prefeito Gilberto Kassab.
Um dos temas a ser debatido no encontro deve ser o Regime Diferenciado para Contratações para a Copa do Mundo e Olimpíadas, que o governo federal tenta incluir em uma medida provisória que tramita no Congresso.
O prefeito de Porto Alegre ainda revelou que pedirá a Dilma que mude a destinação de uma antiga área portuária - antigo Cais Mauá - para que o local possa ser revitalizado a tempo da competição. "Ela conhece bem a área, sabe que lá não há mais operações portuárias", afirma.
Burocracia
Outra demanda trazida à Brasília, segundo Luizianne, é a desburocratização dos processos da Caixa Econômica Federal, que financiam os projetos de mobilidade que serão feitos nas cidades-sede.
"Com a quantidade de burocracia e de órgãos fiscalizando, o processo fica mais demorado, chega até a parar, e, lá na frente, é preciso acelerar e atropelar algumas etapas. O que era para ser correto, acaba ficando ruim", explica a petista. A prefeita também espera saber de Dilma em que outras áreas, além da mobilidade, haverá contrapartida federal.
"O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade foi transformado em PAC da Copa, mas será necessáro investimentos em outras áreas, como segurança pública e saúde, que até já tem um grupo de trabalho envolvendo os estados e o Ministério do Planejamento", conta.