Um balanço da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e da Associação de Softwares de Entretenimento (ESA) apresenta que a pirataria está cada vez mais presente dentro do universo online. A apreensão de programas de computadores falsificados no país cresceu 486%, de julho em relação a junho deste ano.

 

O relatório anual da Business Software Alliance (BSA), considerada a maior empresa da indústria de Tecnologia da Informação desenvolvendo políticas e programas de ação na área judicial e educacional em 80 países, apontou que o mercado dos softwares piratas atingiu o recorde de US$ 58,8 bilhões em 2010, valor 14% maior que um ano antes. 

 

Apenas no ano passado, o uso de programas ilegais causou prejuízos estimados em US$ 2,61 bilhões. Atualmente, o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial no que se refere a perdas em valor monetário provocados pelo uso de programas falsificados. 

 

Segundo o presidente da Marpa – Marcas, Patentes e Inovações, Valdomiro Soares, o uso de produtos piratas causa danos tanto às empresas produtoras quanto aos consumidores que pagam mais pela legalidade. “Temos de ressaltar que também são prejudicados os cidadãos de bem que adquirem produtos legalizados, pois acabam penalizados ao desembolsar um valor maior por ele, uma vez que os custos fixos e o lucro do fabricante e do comerciante são divididos por uma base menor de clientes”, avalia. 

 

A BSA calcula que o prejuízo à indústria mundial de software tenha atingido cerca de US$ 59 bilhões no ano passado, sendo que no Brasil 54% dos programas utilizados não teriam a licença necessária.

 

A América Latina, juntamente com o leste europeu, são as regiões com o maior índice de pirataria de software. Nas duas regiões, a taxa é de 64%. O mercado de software pirata na América Latina é avaliado em US$ 7,03 bilhões em 2010.