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14ª Jornada Nacional de Literatura coloca as redes sociais e mídias digitais em pauta
   
     
 


25/08/2011

14ª Jornada Nacional de Literatura coloca as redes sociais e mídias digitais em pauta
Encontro, que acontece em Passo Fundo, comemora 30 anos e vai reunir cerca de 135 escritores nacionais e internacionais, em uma grande lona de circo para cinco mil pessoas
Com a mesma sensação de intensidade e fluidez que a leitura de um bom livro proporciona, passaram-se 30 anos de Jornada Nacional de Literatura, o grande encontro de autores nacionais e internacionais que acontece em uma lona de circo para cinco mil pessoas na Universidade de Passo Fundo (UPF), no Rio Grande do Sul. Em clima de celebração, acontece de 22 a 26 de agosto a 14ª Jornada Nacional de Literatura e a 6ª Jornadinha Nacional de Literatura (voltada para as crianças), no Circo da Cultura. Escritores consagrados, artistas e acadêmicos participam da programação, que inclui debates, palestras, seminários, conferências, cursos, espetáculos musicais, teatrais e de dança, oficinas, filmes e exposições. A promoção é da UPF e da Prefeitura de Passo Fundo.
 
Neste ano, o tema não poderia ser mais pertinente. Com o título de “Leitura entre nós: redes, linguagens, mídias”, os encontros discutirão o impacto das novas plataformas digitais na forma como a literatura se consome, e vem se transformando. E através de todos os pontos que formam essas redes, incluindo os professores, alunos e o público em geral. Entre os autores internacionais convidados estão o premiado português Gonçalo Tavares, os argentinos Beatriz Sarlo e Alberto Manguel, o americano Nick Montfort, os britânicos Peter Hunt e Kate Wilson e o tunisiano Pierre Lévy. Já o Brasil é representado por uma série de escritores como Edney Silvestre, Marcia Tiburi, Tatiana Salem Lévy (que apesar de ter nascido em Portugal, cresceu no Brasil), Eliane Brum, Maurício de Sousa, entre muitos outros.
 
As novas tecnologias estão presentes na Jornada há alguns anos, mas em 2011 elas migram para o centro do debate. A discussão sobre os novos formatos digitais e as suas possibilidades vai nortear a programação, colocando em pauta a questão de que a tecnologia pode ser usada para o estímulo da leitura e da formação de público para a arte. Este, aliás, é o objetivo supremo da Jornada ao longo de seus 30 anos.
 
“As escolas estão cheias de livros, mas o que falta é que os professores atuem como incentivadores”, comenta a idealizadora e coordenadora das Jornadas, a professora Tania Rösing. “Os jovens estão muito à frente dos professores: eles têm a competência da multiplicidade. Ainda que não leiam tantos livros, leem na internet, enquanto os professores ainda estão fechados em si.” Nessa perspectiva, uma das questões chaves desta edição será a aproximação do professor dos novos formatos e da lógica cadenciada pelo universo digital e repleto de informações, que rodeia a todos.
 
A Jornada destaca-se entre outros eventos literários do País pelo seu pioneirismo, e pelo caráter educativo. Para promover discussões de alto nível e profundas, acontece a chamada Pré-Jornada, assim como a Pré-Jornadinha. Durante os meses que antecedem o encontro, formam-se grupos de alunos, ou do público em geral, que leem as obras indicadas pelos autores que vão participar do encontro. Para fazer o estudo, há questionários e uma sequência de atividades propostas pela comissão que coordena a Pré-Jornada.
 
Não bastasse a programação intensa durante o encontro, a Jornada promove ainda um impacto significativo em Passo Fundo. Há uma série de projetos que a professora Tania desenvolve na cidade durante o ano todo. No mais, Passo Fundo conquistou um dos melhores índices de leitura do País: cada habitante lê uma média de 6,5 livros por ano, índice comparável ao de países como a França.
 
A Jornada só tem motivos para comemorar. Quando nasceu em 1981, com a ajuda do escritor e jornalista Josué Guimarães, teve modestos 750 participantes. Na última edição, em 2009, foram 30 mil pessoas no público. Ao longo dos 30 anos de existência, já passaram pela programação 804 escritores e pesquisadores, isso sem contar os cerca de 130 autores que embarcam para a discussão neste ano.
 
“São 30 anos de Jornada. Quando fui pela primeira vez era quase um menino. Agora sou quase velho. A Jornada de Passo Fundo melhorou muito mais do que eu. Expandiu, cresceu, ficou bonita, prestou e continua prestando um grande serviço à literatura, ao Brasil e ao ensino, fundamentalmente”, diz o escritor Ignácio de Loyola Brandão, mediador e coordenador dos debates ao lado dos autores Alcione Araújo e Luciana Savaget.

Fonte: Políbio Figueiredo Braga
Autor: Imprensa
Revisão e edição: André Lacasi

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