Incrementar a relação sexual com acessórios, dos mais sutis aos mais ousados, já não é mais um bicho-de-sete-cabeças ou privilégio dos mais ‘desavergonhados’. Lojas virtuais se tornaram uma ótima opção para quem quer garantir variedade e atratividade na relação a dois, sem ter que passar por nenhum constrangimento – tudo pode ser feito na tranquilidade do seu computador, em casa.
De olho nesse público, foi lançada em 2006 a Temperos Pessoais, loja online de acessórios eróticos que possui layout sutil, feminino, muito diferente da concepção agressiva que muitas vezes é associada às sex shops.
“Por ser um método mais discreto, o consumidor fica mais ousado e aberto a experimentar novidades”, diz Daniela Martins, gerente da Temperos Pessoais, que trabalha com todos os tipos de produtos, desde preservativos até objetos de estimulação pessoal e fantasias.
Perfil do consumidor: jovem, paulista e solteiro
Dentre os consumidores da loja virtual, os moradores do estado de São Paulo respondem por 50% do faturamento, seguidos pelos do Rio de Janeiro, com 14%. E a busca por novidades no relacionamento tem ocorrido mais entre os jovens, já que pessoas de até 35 anos respondem por 42% das vendas, e na faixa entre 35 e 45 por outros 20%.
“É uma geração que não se prende a tabus, que se dá o direito de viver fantasias e experimentar brinquedos, mesmo os mais simples, mas que já fazem uma grande diferença na intimidade do casal”, conta Daniela.
Apesar dos solteiros representarem o principal público, com 44% das compras, os casados não ficam muito atrás, com 39% das comercializações.
Principal produto: Preservativo
Apesar de ser encontrado em farmácias, mercados e outra infinidade de ambientes comerciais, os preservativos são o produto mais vendido pela Temperos Pessoais, representando 49% das vendas em unidades, superando vibradores e géis lubrificantes.
“Hoje existe uma enorme variedade de preservativos à disposição do usuário, com os mais diversos benefícios. Algumas vezes ele não se sente à vontade para avaliar todas as opções em um ambiente público, daí a escolha pela compra online”, explica Daniela.
Dentre os preservativos, os mais vendidos para o público feminino são o Prudence Extra Grande e o Prudence Ultra Sensível, enquanto os homens preferem o Prudence Efeito Retardante e a linha Prudence Cores e Sabores (com sabor de verdade, além de aroma e cor).
“Os dados nos levam a crer que as mulheres buscam produtos que proporcionem maior conforto para o parceiro, o que seria uma forma de facilitar a aceitação do uso da proteção. Já a clientela masculina busca preservativos que incrementem a performance ou, no caso da Cores e Sabores, que estimulem a prática do sexo oral”, diz Daniela.
Apesar das camisinhas serem o item de maior comercialização, o vibrador ainda é o principal produto quando consideramos o valor movimentado, respondendo por 39% do faturamento da loja virtual. Para atrair cada vez um maior número de consumidores, o mercado investe em variedade de ofertas. Vibradores, estimuladores e massageadores clitorianos podem ser encontrados em vários formatos (desde clássicos e os chamados Bunny/ Rabbit até outros com layout ‘disfarçado’, como em forma de batom de boca ou pincel de blush), cores, texturas e tamanhos, inclusive com linha específica para os ‘iniciantes’, denominada My First.
“Alguns acessórios podem ser um grande aliado – e é saudável que sejam vistos assim. Eles podem ser usados também pelos parceiros, garantindo um estímulo externo que quebra possíveis bloqueios relativos à sensação do auto toque”, explica Daniela Martins.
Clube da luluzinha
A loja ainda abre espaço para reuniões exclusivas para mulheres, onde são apresentados os produtos da loja virtual e trocadas experiências sobre a utilização dos itens. “Funciona como um encontro entre amigas. A idéia é incentivar as mulheres a explorarem melhor sua sexualidade por meio do conhecimento dos produtos. Nessas reuniões elas perdem a vergonha, trocam experiências, falam de sexo e acabam adquirindo novos brinquedos”, completa Daniela.
Esses encontros geralmente são realizados na casa de uma organizadora e as vendas chegam a superar em 35% o valor do ticket médio da loja virtual – de R$70,00 por consumidora para R$ 105,00.