Os brindes feitos pelo empresário, Natalino Bonin, tem sabor nacional. "Realmente atende totalmente o paladar, principalmente o meu. Eu não tenho o que reclamar, o que buscar em outro espumante que não seja o nacional".

Natalino e muitos brasileiros deixaram de lado o produto importado. Levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho mostra que de janeiro a julho deste ano, a venda de espumantes cresceu 20%, em comparação ao mesmo período do ano passado. "Nós acreditamos que isso seja fruto também da consolidação, do reconhecimento da qualidade dos produtos brasileiros".

Foram vendidas mais de quatro milhões de garrafas, por isso, uma vinícola da serra gaúcha, já investe de olho nas festas de fim de ano, o melhor período. "Então já crescendo 200 mil litros no 1º semestre, com certeza é um fator que vai determinar que o nosso final de ano vai ser muito positivo", afirma o gerente de planejamento, Maurício Salton.

Enquanto os vinhos importados lideram a preferência do consumidor brasileiro, os espumantes não têm do que reclamar. Dados da União Brasileira de Vitivinicultura indicam que 72,8% dos espumantes comercializados no Brasil são feito aqui. Nem o dólar baixo preocupa o setor.

Nesse ritmo de crescimento, muitos empresários dizem que o segredo para competir com os importados nem sempre é o preço. Por isso, essa vinícola decidiu investir numa produção pequena, mas cheia de sofisticação. Deu certo: a bebida elaborada aqui foi apontada neste ano em um concurso internacional, na França, como uma das melhores da América Latina.

Nada de máquinas, tudo é artesanal. A fermentação, feita na própria garrafa, garante mais sabor à bebida. O processo dura dois anos e faz toda a diferença, principalmente na hora da venda. "O consumidor brasileiro já sabe e está sabendo cada vez mais que no Brasil é possível elaborar espumante de boa qualidade e com custo bom, um custo beneficio bom", afirma o Diretor da Vinícola, Carlos Abarzua.