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Cento e oitenta milhões de pessoas padecem de dor crônica no mundo
   
     
 


21/09/2009

Cento e oitenta milhões de pessoas padecem de dor crônica no mundo
Número é tão significativo que a doença é considerada problema de saúde pública

A prevalência da dor crônica em adultos e crianças vem aumentando no mundo. O número de pessoas que sofrem deste mal é tão grande, que dor crônica (com mais de 3 meses de duração) já é considerada um problema de saúde pública.  Pesquisas apontam para números estarrecedores: 3% da população mundial (segundo a Organização Mundial da Saúde) padecem de dor crônica. No Brasil, estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas sofrem deste tipo de dor. Quadros algicos intensos e crônicos, aqueles que causam sofrimento ao indivíduo e não cessam completamente com o passar do tempo podem ter diversas causas, desde doenças sistêmicas, questões osteoarticulares, neuropáticas, viscerais,..., até psicossomáticas. Quando não possuem o fator causal conhecido estas dores são chamadas de idiopáticas.

A dor crônica é terrível. O indivíduo que sofre de dor por meses ou mesmo anos gera desconforto em sua autoestima e sua psiqué pode ficar alterada. Quando a dor persiste por anos sem solução, ou a dependência dos remédios é a única saída, o convívio social, pessoal e familiar perde a graça. A pessoa acaba se isolando, muitas vezes. A qualidade do sono, da concentração, da criatividade, o interesse e a prática sexual se alteram. Enfim é difícil ter gosto pela vida quando se tem dor o tempo todo e pior ainda é quando não se tem um diagnóstico definido. Igualmente, não é nada fácil para a família de quem possui dor crônica. É comum se ouvir no consultório o depoimento do familiar que confessa, envergonhado, que muitas vezes desconfiou que a dor não era tão forte assim. Mas era! Dor crônica é cruel pra quem sente - refere a cirurgiã-dentista Lidia Sabbadini, especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares e Pesquisadora do Sono no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, na equipe do Dr. Denis Martinez.
 
Há um grupo de dores crônicas que são fracamente avaliadas e muitas vezes confundidas com outros tipos de dores como as da Fibromialgia. São as dores de patologias osteoarticulares, provenientes da Articulação Temporo Mandibular - ATM e que se instalam em partes da cabeça, do pescoço e em outros locais do corpo. "O mapa da dor, quando se pede para a pessoa desenhar, é impressionante. Tem dor na testa, dentro da orelha, na frente ou atrás delas, encima ou nos lados da cabeça, atrás - na região da nuca, também dentro dos olhos, no nariz, até alguns dentes podem doer sem causa dentária, também, zumbido, vertigens, ou sensação de ouvido tampado, sensação de inchaço facial sem motivo, dor ao acordar, entre outros. E tem mais, pode ter dor nos ombros, nas costas, nos braços, dedos, nos glúteos,..é uma cascata de dor que pode ir até os pés - explica a especialista.
 
Esta percepção de dor crônica advinda da alteração da ATM é desconhecida por uma boa parte da população. E, uma grande prevalência de cefaléias apresenta sinais e sintomas claros de distúrbios anatomo-funcionais da ATM. Entre os sintomas que podem ser detectados no autoexame estão: clicks (ruído) durante a abertura ou fechamento da boca, limitação de abertura da boca (a pessoa sente que não consegue abrir mais do que aquilo), dor na hora de movimentá-la, não conseguir mastigar certos alimentos mais duros, cansaço muscular durante a fala ou mastigação, ter dor após movimentar muito a boca (falar, rir e mastigar muito). Há locais inusitados que podem desencadear a dor como lavar os cabelos no lavatório do cabeleireiro (envolvendo a mudança de postura da cabeça e pescoço), prender os cabelos puxando bastante, e assim como mastigar goma de mascar, roer unhas, etc.
 
Como o corpo é todo interligado e a posição de cabeça está diretamente ligada com a posição do pescoço, é comum a pessoa ter problema na ATM e na coluna cervical. Ou seja, uma alteração importante na postura da boca e ATMs, vai gerar alteração na postura da cabeça, do pescoço, da linha dos ombros, da pélvis, dos joelhos e dos pés - o que se chama alteração de direção crânio-podal (da cabeça aos pés). Assim como, uma alteração na posição com que o pé pisa pode ir alterando as cadeias musculares ascendentemente até a boca (podo-cranial).  Por isto, é necessário que a pessoa seja assistida por uma junta de especialistas, entre eles, o dentista, o médico, o fisioterapeuta e o fonoaudiólogo. 
 
Segundo Sabbadini, o diagnóstico é o padrão ouro para a decisão de tratamento. É fundamental nos desarranjos crânio podais (ou vice-versa) tratar a causa e não apenas dos sintomas. Silenciar a dor crônica é uma missão difícil que requer estudo aprofundado, conhecimento das pesquisas recentes e atualização constante com bons cursos.
 
Do evento internacional em Porto Alegre
 
Em outubro, Porto Alegre será sede do curso internacional “O Estado da Arte Anatomofuncional da Patologia Craniomandibular”, onde os participantes terão possibilidade de ampliar e aprofundar seus conhecimentos sobre o diagnóstico das desordens temporomandibulares. Os renomados conferencistas americanos Terry T. Tanaka, Jeffrey P. Okeson e o chileno Mariano Rocabado abordarão o tema de forma profunda e direta cujo objetivo é auxiliar o profissional na escolha da terapia correta para cada paciente.
 
Serviço
Curso Internacional (EUA, Chile) “O Estado da Arte Anatomofuncional da Patologia Craniomandibular”
 
Data: de 9 a 11 de outubro
Hora: das 8h30 às 13h e das 14h30 às 18h
Carga horária: 30 horas acadêmicas
Idioma: tradução simultânea
Local: Centro de Eventos Plaza São Rafael – Av. Alberto Bins, 509 – Porto Alegre/RS

Fonte: Imprensa
Autor: Tânia Duarte, Cristina Forte e Lucia Camargo
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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