As regiões Sudeste e Sul do Brasil são as que concentram grande parte das rendas vindas dos programas de previdência acima de um salário mínimo, segundo revela pesquisa divulgada nesta sexta-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Intitulado "Atlas do Bolso dos Brasileiros", o estudo mostra que 16,70% deste tipo de benefíco está na região Sudeste e 15,31%, na Sul. As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte respondem por 12,82%, 11,12% e 8,61%, respectivamente.
Por outro lado, as transferências públicas como os programas sociais (3,83%) e as aposentadorias mais baixas (9,25%) estão na região Nordeste. Já a participação da renda proveniente do trabalho é mais forte no Norte e Centro-Oeste, com 82% e 81,43%, nesta ordem.
Estados e capitais
Na análise por estado, é no Rio de Janeiro que a renda originada das aposentadorias acima do piso é mais importante (25,35%), seguido por Rio Grande do Sul (18,74%), Piauí (17,57%), Distrito Federal (16,43%) e Espírito Santo (16,25%).
Em termos de transferências públicas, Alagoas é o que possui maior parte da renda vinda de programas sociais (4,43%) e, no Amapá, 88,16% da renda das famílias se origina do trabalho.
Por capitais, no Rio de Janeiro, está a mais alta proporção da renda originada por aposentadorias (28,8%). Já a capital do trabalho é Palmas, com 88,3%.
Tipos de renda e cidade
Ainda de acordo com o levantamento da FGV, comparando o tipo de renda com o tipo de cidade, a renda do trabalho é mais importante na periferia (78,28%), enquanto a previdência até um salário mínimo tem maior participação na área rural (16,84%), assim como as transferências públicas (5,21%).
No caso das previdências acima de um salário mínimo, elas são mais importantes para a renda dos moradores das capitais (17,15%).