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Considerada modelo pela Anatel, rede da Net não é imune a panes
   
     
 


25/09/2009

Considerada modelo pela Anatel, rede da Net não é imune a panes
Entrevista de Márcio Carvalho ao Tele.Síntese

Considerada modelo pela Superintendência de Serviços Privados da Anatel, a rede da NET se baseia na segmentação para facilitar a ampliação e evitar panes sistêmicas, e foi projetada com alta capacidade, capaz de entregar vídeo em alta definição, banda larga com até 60 Mbps de velocidade e telefonia fixa. Todos os serviços usando a mesma rede de cabo, sempre em evolução e que permitirá, no futuro, chegar com oferta de fibra ótica na casa do cliente. “Para isso, a empresa reinveste praticamente todo o caixa que gera”, diz o diretor de Produtos e Serviços da operadora, Márcio Carvalho. O montante anual de investimento, informa, está na casa de R$ 1 bilhão.

Como resultado, a NET detém 50% do mercado de TV por assinatura e 23% do mercado de banda larga, possui uma rede que atinge mais de 10,4 milhões de domicílios. De acordo com dados do 2o trimestre de 2009, a empresa possui 3,4 milhões de clientes de TV por assinatura (NET), 2,6 milhões de assinantes de internet em banda larga (NET Vírtua) e 2,3 milhões assinantes de serviços de voz (NET Fone via Embratel). A base de TV por assinatura encerrou o trimestre com crescimento de 28%; os clientes de banda larga subiram 45% e os de telefonia fixa, aumentaram 105% em comparação ao 2T08.

Apesar de toda essa exuberância, a rede da NET não está imune a panes. Nos últimos 30 dias, o cabo que serve o Lago Norte, em Brasília, sofreu duas falhas, com indisponibilidade dos serviços de vídeo, banda larga e voz por mais de seis horas cada. A primeira foi justificada como decorrência de furto de equipamentos, enquanto a segunda se deveu a um rompimento da fibra ótica. “Nossa rede está sujeita a isso tudo. A grande diferença é que sempre que esses problemas ocorrem vão afetar uma parte ou um segmento da rede e nunca a rede toda”, disse Carvalho.

Entretanto, a empresa não informou qual a forma de ressarcimento adotada para compensar os clientes pelo tempo em que os serviços ficaram indisponíveis, como determina regulamento da Anatel. A agência informou também que sequer foi comunicada das interrupções.

Leia, a seguir, a íntegra da entrevista de Márcio Carvalho ao Tele.Síntese.

Tele.Síntese. O que faz com que a rede da NET, principalmente a de banda larga, seja considerada modelo pelo superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente?

Márcio Carvalho. Eu não sei se a Anatel considera nossa rede um modelo, mas sei que a NET Vírtua foi eleita por cinco vezes consecutivas a melhor banda larga do país.

Mas o fato é que transmitir vídeo exige muita capacidade e a rede da NET foi projetada para vídeo. A segunda coisa é que ela já foi projetada para ser multimídia e multisserviços, ou seja, uma oferta integrada de serviços na mesma rede. Ninguém hoje no Brasil tem uma oferta parecida com a da NET, no sentido de ter vídeo, voz, dados, todos os serviços juntos numa mesma rede.

O terceiro fator seria a questão da capacidade, como ela foi pensada para transmitir todos os serviços de forma integrada, ela tem uma altíssima capacidade e essa capacidade é segmentada. Sempre que a NET chega numa área de serviço, essa área de serviço é dividida em pequenas porções e a gente usa fibra ótica, que é sinônimo de capacidade, e, além disso, essas pequenas áreas de serviço são segmentadas de forma que se possa adicionar capacidade na rede, na medida que tenha mais usuário contratando o serviço.

Ela pode ser ampliada e cada vez que isso acontece, estamos chegando com fibra ótica mais perto da casa do cliente. Então ela vai permanentemente evoluindo até chegar, no futuro, com a oferta de fibra ótica na casa do cliente. Hoje a gente não precisa fazer isso porque a capacidade que a gente consegue entregar, usando os cabos coaxiais na última porção da rede, ela garante que consigamos entregar vídeo com alta definição, banda larga com até 60 Mbps e telefone, tudo isso junto com uma qualidade que realmente é referência no Brasil.

Tele.Síntese. Mas a NET ainda não oferece velocidade de conexão de 60 Mbps.

Márcio Carvalho . A NET está fazendo todos os pilotos, como já comunicou recentemente ao mercado, aprendendo uma tecnologia nova, uma evolução da tecnologia que usamos hoje, mas o ponto fundamental é que a rede da NET, a parte tecnológica, está absolutamente pronta para quando mercadologicamente fizer sentido uma oferta como essa em larga escala.

Tele.Síntese. Qual é a nova tecnologia?

Márcio Carvalho . A tecnologia utilizada para a ultrabandalarga é Docsis 3.0.  A rede da NET usa vários tipos de tecnologia para entrega de vídeo, para entrega de dados e entrega de voz, mas o que importa é que ela tem uma capacidade muito grande de entrega dos serviços, utilizando sempre uma segmentação e, mais do que isso, toda a rede da NET é descentralizada. Em cada uma das cidades onde a NET atua há uma autonomia, de forma que a cidade atua sempre independente do resto da rede. Não tem uma concentração, uma centralização do tráfego sem redundância que possa acarretar que um único problema venha a tirar a rede completamente fora do ar. E isso se reflete em qualidade, disponibilidade e no reconhecimento que a gente tem do serviço de banda larga que oferece.

Nós temos servidores de DNS em cada cidade, que são redundantes e dimensionados para a capacidade de requisição que eles têm de forma que está longe de ser um problema da rede da NET hoje.

Tele.Síntese. Apesar disso, existem falhas. A rede da NET que serve o Lago Norte, em Brasília, sofreu duas panes em menos de 30 dias.

Márcio Carvalho. Existem problemas externos. A NET transmite todos os sinais por meio de rede aérea, então às vezes bate um carro, derruba o cabo. E tem roubo de fibras óticas e equipamentos. A rede está sujeita a isso tudo. A grande diferença é que sempre que esses problemas ocorrem vão afetar uma parte ou um segmento da rede e nunca a rede toda.

Não estamos dizendo que nossa rede é infalível. Tem eventos de indisponibilidade. O que a gente faz é trabalhar para que cada vez mais eles afetem menos assinantes e que sejam resolvidos no menor tempo possível.

Tele.Síntese. Quais os planos de crescimento da NET?

Márcio Carvalho. A TV por assinatura só pode crescer por meio de concessões da Anatel, que não abre licitações há mais de 10 anos. Nós temos crescido a nossa oferta por intermédio da aquisição de empresas que já teriam concessões onde a NET não operava. Isso aconteceu com a Vivax, a BigTV e a ESC 90, que permitiu que a NET ampliasse bastante. Sobretudo a Vivax, que possibilitou a entrada muito fortemente em municípios de São Paulo e com a BigTV chegamos a cidades importantes do Nordeste, como João Pessoa e Maceió. Com a compra da ESC 90, chegamos a duas cidades do Espírito Santo. Em todas essas cidades a NET passa automaticamente a ofertar todos os serviços, o tripleplay, alta definição, todo o seu portfólio.

Tele.Síntese. Há previsão de novas aquisições?

Márcio Carvalho. As oportunidades aqui no Brasil estão cada vez mais restritas. Já aconteceram várias consolidações, teve a compra da TVA pela Telefônica, teve a compra da Telemar, coisa que a gente discutiu bastante na época porque, apesar de ser vedada a compra de operadora de TV paga por concessionária de telefonia, na prática isso está acontecendo, e o que a gente vê é que, com a exceção do modelo onde a TV por assinatura é usada para concorrer com as teles, quando se permite que as teles também façam essa consolidação, a gente vê que some um competidor do mercado. A chave para ter competição aqui no Brasil é de que cada vez mais existam infraestruturas de acesso a casa do consumidor, que concorram entre si. Quando a gente deixa que uma tele compre TV por assinatura, licença de WiMAX, compra as licenças todas de LTE, de quarta geração, então cada vez mais essas empresas estão protegendo o status quo do mercado, que é absolutamente dominante, e restringindo a competição.

Tele.Síntese. A NET não pensa em usar outro tipo de tecnologia de infraestrutura que não cabo?

Márcio Carvalho. A gente avalia todas as tecnologias. A NET é uma empresa de entrega de serviços de agnóstica tecnologia. O que a gente tem visto é que não existe tecnologia hoje, e o mercado comprova isso, melhor do que a rede de cabo que estamos usando para fazer convergência, enfim, uma entrega integrada de todos os serviços. Com base nisso, a decisão da NET é cada vez mais utilizar o cabo, embora nós inclusive tenhamos algumas operações de MMDS.

Tele.Síntese. Quanto a NET investe na rede

Márcio Carvalho. O investimento anual da NET é na faixa de R$ 1 bilhão, como um todo. A NET investe praticamente toda a geração de caixa que tem no seu crescimento, por isso está em franca expansão para que cada vez mais brasileiros tenham acesso a uma oferta diferenciada dos serviços e possam ter o direito de optar.

Tele.Síntese. A suspensão da venda do Speedy, por quase dois meses, ajudou ao crescimento da NET em São Paulo?

Márcio Carvalho. Na prática, não temos como expurgar o efeito de com Speedy ou sem ele, mas o fato é que a NET já vinha crescendo muito fortemente na área da Telefônica, mesmo enquanto ela estava operando o Speedy. Mas é claro que quem tinha demanda por banda larga ficou com uma opção a menos. Nós seguimos com a nossa estratégia como estava formatada e o grande fomentador do nosso crescimento é justamente o combo, como uma ferramenta de oferta vantajosa para o consumidor, com todos os serviços.

Tele.Síntese. E a novelada gratuidade do ponto extra, como está?

Márcio Carvalho . O que a NET sempre faz, com relação à Anatel, é estar completamente aderente com todos os regulamentos que regem o nosso setor e, claro, antes da edição do regulamento, participar, comentar e demonstrar a composição de todos os custos dos serviços que ela opera. No mercado de TV por assinatura, que tem uma extrema competição – aqui em SP chegamos a ter cinco empresas de TV paga – a gente acredita muito que o setor se autoregula. E se houvesse espaço para fornecer ponto extra gratuito, de forma ilimitada para todos os assinantes, pode ter certeza que teria muito concorrente da NETquerendo fazer isso.

O fato é que para entregar o ponto extra da forma que a NET entrega, possibilitando que o cliente tenha acesso simultâneo a conteúdos diferentes dos canais que estão conectados, é necessário equipamento, que precisa ser instalado, a rede ampliada na casa do cliente e que precisa ser mantida. Tudo isso gera custo que precisa ser remunerado. 

Fonte: Tele.Síntese
Autor: Lúcia Berbert
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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