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Oftalmologistas alertam para o perigo de se comprar óculos na Feira dos Importados no DF
   
     
 


30/09/2009

Oftalmologistas alertam para o perigo de se comprar óculos na Feira dos Importados no DF
Grandes, pequenos, coloridos e discretos, para todos os gostos, são atração
 

FOTO: RAFAELA FELICCIANO/JBR
Flávio Carvalho, com a receita no bolso ironiza dizendo que não é "louco" de fazer a compra na barraca
 

O oftalmologista Paulo Janot Borges Junior confirma que a ausência da proteção contra raios ultravioletas (UVA e UVB), principalmente nos óculos de sol, pode causar prejuízos à saúde. "A longo prazo, a pessoa que faz uso desses óculos pode apresentar catarata e problemas sérios de retina", afirma. "No caso dos óculos com grau, o grande perigo é não estarem ajustados ao problema que a pessoa tem", reitera. Segundo Janot, é comum pessoas adquirirem um produto uniforme quando não têm o mesmo grau nos dois olhos, o que pode gerar problemas de focalização e dor de cabeça.

Trauma

A universitária Nayana Fernandes Rodrigues, 21 anos, conta que sempre comprou óculos de sol na feira, mas precisou parar por problemas na visão. "Além de ter astigmatismo e miopia, tenho ceratocone [doença degenerativa da córnea] e pra piorar, tive que operar de catarata", justifica. Nayana conta que foi advertida por um oftalmologista a não usar os óculos já que os problemas de vista poderiam piorar.

Assim como Nayana, o professor de Educação Física Flávio Carvalho, 23 anos, já frequentou as barracas de óculos na Feira dos Importados. Ele esteve no local ontem à procura de uma armação esportiva. "Estou com a prescrição médica para as lentes, não comprei em uma ótica comum porque não achei o que eu queria", conta. "Não sou ’louco’ de comprar um óculos de grau aqui", satirizou.

Barato que sai caro
 

O valor mínimo de óculos vendido na Feira dos Importados pode chegar a R$ 15 e o máximo a R$ 150. Os graus variam entre 0,25 a 5,25. De acordo com uma vendedora de uma das bancas, que não quis se identificar, a maioria das lojas do setor praticam o comércio de produtos com grau, sem a prescrição de um especialista. "Ninguém pede receita aqui. A maior parte da mercadoria vem do Paraguai e, por isso, não precisam de orientação", expõe.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico e Fotográfico do Distrito Federal, Hamilton César Junqueira Guimarães, alerta que pessoas com problemas de visão podem estar sujeitas a falsas promessas. "O que parece barato pode se tornar caro", diz. "A coloração usada em algumas lentes pode até prejudicar uma pessoa a avistar um sinal vermelho, sendo um agravante para um acidente", comenta. Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca 180 milhões de pessoas no mundo com alguma deficiência visual.

Guimarães revela ainda que, caso não existisse pirataria no setor, cerca de 2,5 mil empregos poderiam ser gerados no Distrito Federal. Além disso, 250 novos pontos de trabalho poderiam ser criados. Atualmente, existem 450 óticas em toda a região do DF.

Falta fiscalização
 

O presidente de honra do Conselho Brasileiro de Ótica e Optometria, Ricardo Bretas, explica que os prejuízos vão além das estimativas. De acordo com ele, a indústria brasileira deixou de vender cerca de US$ 3 bilhões devido ao contrabando de óculos piratas. No DF esse índice é de US$ 300 milhões. "O cidadão acaba tendo prejuízo financeiro também já que esses são materiais sem garantia, de qualidade duvidosa e, no caso das lentes, sem controle de qualidade", informa.

A vice-presidente da Cooperativa dos Comerciantes da Feira dos Importados (Cooperfim), Izilda Nascimento Souza, assume que os óculos são vendidos sem prescrição em algumas bancas, mas explica que nem todas fazem isso."Nós somos contra tudo aquilo que prejudica a saúde do consumidor", justifica. De acordo com Izilda não há uma estimativa exata de quantas lojas vendam óculos no complexo. Segundo ela, o sistema de ocupação é rotativo dificulta essa contagem. 

  SAIBA +

Atualmente, todo o complexo é de propriedade privada. Pertence à Cooperativa dos Comerciantes da Feira dos Importados (Cooperfim). A entidade representa mais de dois mil integrantes. Ela foi adquirida do GDF por R$ 47 milhões, após abertura de licitação.

A lente de óculos de sol deve ter o filtro anti-uv, para não comprometer a saúde dos olhos. Os oftalmologistas explicam que a exposição ao sol faz a pupila se dilatar, permitindo, assim, a passagem de mais raios solares.

O uso de lentes de óculos inadequadas pode causar cansaço visual, dores de cabeça, náuseas, vermelhidão nos olhos, tonturas, além de concorrer para o surgimento de doenças na visão. Uma delas é glaucoma, que atinge o nervo óptico e pode provocar cegueira.

Fonte: clicabrasilia.com.br
Autor: Mariana Laboissiére
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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Comentários
 1 comentários


Diego 
O povo costuma ser mesmo ignorante, comprar óculos com grau para uso é inaceitável, porém, acredito que algumas pessoas, assim como eu, compram os óculos para usar a armação, assim levam na ótica e compram só as lentes, é uma alternativa, já que as armações das óticas tem um preço muito alto, isso sim é um desrespeito contra o consumidor.
17/03/2013 
   
       
     


     
   
     
   
     
 



























 
     
   
     
 
 
 
     
 
 
     
     
 
 
       

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