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CNDL
   
     
 


06/12/2009

CNDL
Comunicado à imprensa

Qualquer medida que os poderes constituídos venham a tomar, com toda a razão, para pôr fim ao escândalo que envolve os recentes fatos divulgados no Distrito Federal, será bem vinda. Todavia, é importante lembrar que estará tratando apenas dos sintomas e não da doença. O escândalo não é do DEM ou de outro partido qualquer. O que está em julgamento é o sistema político, os políticos como um todo. Os fatos amplamente divulgados infelizmente não são únicos ou isolados. São episódios já contumazes na estrutura da política brasileira. Neste aspecto, concordo com o presidente Lula. As falcatruas precisam ser apuradas e os culpados, severamente punidos. Mas teremos pouca ou nenhuma esperança que ocorrências como estas não voltem em breve a acontecer, enquanto o Congresso Nacional não se debruçar para valer em torno de uma bem estruturada reforma política.

Mas tem que ser uma reforma política séria e capaz de manter a correspondência entre os mais profundos desejos do eleitor ao depositar seu voto e o resultado final das urnas. Esse instrumento começou a ser discutido já em 1993, por ocasião do Plebiscito que questionava sistema e regime de governo. Na gestão do Presidente Fernando Henrique, o debate retorna, sem muita pretensão. Enfim, quase nada se fez até hoje. Uma das poucas mudanças substanciais foi a reeleição. E, diga-se de passagem, acusada de beneficiar quem a articulou, ganhou ferrenhos opositores.

O foco da questão sequer foi tocado. Quem perde é a democracia. Os políticos estão desacreditados. Aqueles do bem (existem, sim, alguns!), que querem cumprir seu dever de cidadão, são sufocados pelas artimanhas dos que se julgam “espertos”, e não conseguem sequer cumprir com o mínimo suportável das promessas de campanha e das necessidades básicas dos eleitores. O povo, maior prejudicado nesse clima de decomposição de valores, vai perdendo a esperança. O Brasil se desmoraliza aos olhos do mundo, famoso por transformar tudo em pizza ou, agora, em “panetone”.

Parece contraditório. No entanto, quanto mais os escândalos dessa natureza se tornam comuns, maiores espaços são abertos para os que querem usar dinheiro público em seu benefício. As pessoas de bem começam a se afastar da política. Não querem ver seu nome manchado com suspeitas; nem serem apontados na rua como aproveitadores. Por isso, daqui para frente, precisamos tratar da doença. Cortar o mal pela raiz. Exigir fiscalização, prestação de contas do dinheiro público e cumprimento absoluto da Constituição Brasileira. Afinal, por quanto tempo ainda estarem os expostos a circunstâncias como estas?

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDL
Autor: Roque Pellizzaro Junior
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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