Venho trazer-lhe meus versos
Expressar sentimento mudo
Já que palavras me impeço
De fazer voz em seu mundo
Sua presença inibi
A calar-me silente
O som se proibi
Resiste a linguagem da mente
Reivindico ao menos a escrita
A demonstrar meu afeto
Torno-me seu escriba
Imaginando sua imagem por perto
Será o pressagio de envolvimento
De um pávido galanteador
Ou o sonho de um momento
Da mera fantasia do amor
Preservarei o sentir platônico
Sem o alcance da peroração
Viverei encasulado e atônito
Não me permito a desilusão