Lançado nesta terça-feira (10) pela governadora Yeda Crusius, o Programa Ceasa no Capricho - Central de Caixas acrescenta, a partir de hoje, segurança alimentar aos consumidores. As 500 mil toneladas de hortigrangeiros comercializadas anualmente por atacadistas e produtores de 198 municípios na Ceasa serão movimentadas com o uso de de embalagens plásticas retornáveis e higienizáveis. Deixarão de ser gastos R$ 12 milhões/ano com reposição de caixas de madeira. Ao mesmo tempo, diminuirão as perdas e desperdício de alimentos, até então de 30% devido ao manuseio e transporte inapropriados. A nova realidade permitirá preços menores de frutas e hortaliças ao mercado consumidor. "As caixas de plástico são a transformação do início do desenvolvimento das Centrais de Abastecimento, das caixas de madeira. Não temos nada contra elas, mas já existe substituto melhor", afirmou Yeda.

Toda essa operação, pioneira no Brasil, acontecerá no pavilhão da Central de Caixas, instalado na Ceasa. O novo processo recebeu R$ 5 milhões em investimentos. Na avaliação da governadora, "todas as caixas de produtos agora serão a 'laranja de amostra', porque todos verão produtos bem cuidados em caixas higienizadas". Por isso, ela afirmou se sentir "muito orgulhosa e parceira de vocês", ao se dirigir ao público formado por produtores, atacadistas, empresários, deputados, vereadores, secretários, dirigentes da Braskem e da Associação Gaúcha dos Supermercados. Conforme observou Yeda, a Central de Caixas trará uma valorização da alimentação de cada pessoa da nossa Porto Alegre do nosso Estado.

Para o presidente da Ceasa/RS, Elmar Schneider, o ganho de preço dos hortigrangeiros ao mercado consumidor, assim como a modernização da companhia é um mérito do governo. "O Rio Grande do Sul passa por um momento de retomada da confiança dos empreendedores no Estado. Por isso, a conquista do déficit zero deve ser mantida para bem da sociedade. É um projeto de vanguarda que atesta a credibilidade do governo", afirmou Schneider. O secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, João Carlos Machado, destacou os benefícios ao consumidor. "Todos receberão alimentos com maior qualidade, higienizados. Produtores, atacadistas, consumidores, o Rio Grande do Sul está de parabéns", disse Machado.

Ceasa/RS

Na Ceasa, em Porto Alegre, ocorre a comercialização de 35% de todas as frutas e hortaliças consumidas no Rio Grande do Sul. No local há um transito diário de 20 mil pessoas e 10 mil veículos. Ao implantar a Central de Caixas, o governo do Estado cumpre instrução normativa da Sarc/Anvisa/Inmetro. O projeto determina a higienização de todas as caixas retornáveis. A utilização de embalagens de madeira e papelão terão uso único, sem possibilidade de reaproveitamento. Caixas sem higienização também são potenciais veículos de contaminação de pessoas e lavouras. Toda a água utilizada para a higienização será obtida a partir da captação das chuvas. Outra medida do projeto tem função social. Serão criados 100 empregos diretos para os recicladores de caixas de madeira.

Yeda entregou o primeiro Cartão Vale Caixa - controla os créditos de caixas plásticas - a Paulo Valmir Vargas e Silva, da Rede Unisuper, cliente da Central de Caixas. Depois, o secretário Machado e Schneider entregaram cartões aos fornecedores da Ceasa, Ailton Machado e ao presidente da Associação dos Comerciantes da Ceasa, Hermes Bittencourt. Na sequência, Yeda descerrou a placa de inauguração da central, aciqonou a máquina higienizadora e conversou com produtores, atacadistas, operadores da Central e servidores da Ceasa.