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Em 2009, Procon-DF registrou quase 9 mil reclamações de clonagens de cartões de crédito
   
     
 


21/01/2010

Em 2009, Procon-DF registrou quase 9 mil reclamações de clonagens de cartões de crédito
Um em cada quatro pagamentos efetuados pelos consumidores brasileiros é feito com cartões
Maria do Socorro, vítima várias vezes de clonagem, diz que o desgaste é enorme:  
Maria do Socorro, vítima várias vezes de clonagem, diz que o desgaste é enorme: "É uma dor de cabeça grande"

Um em cada quatro pagamentos efetuados pelos consumidores brasileiros é feito com cartão de crédito. Há menos de três anos, o percentual era menor, 21%. O crescimento foi acompanhado de uma elevação dos problemas. No ano passado, as reclamações feitas pelos brasilienses sobre cartões de crédito aumentaram 47%. Ao todo, 8.689 queixas foram registradas no Procon do Distrito Federal — 2.792 a mais do que em 2008. Do total do ano passado, mais da metade refe-rem-se a cobranças indevidas efetuadas pelas administradoras. Boa parte delas tem sido fruto da clonagem de cartões, que está crescendo cada vez mais, como reconhecem os institutos de defesa do consumidor, a Polícia Civil e as administradoras de cartão de crédito. “O cartão está mais disponível e, quanto maior a capilaridade, maior também o número de pessoas com problemas”, afirma o diretor do Procon-DF, Ricardo Pires.

A Delegacia de Falsificações e Defraudações admite que o problema avança na cidade. “Quanto maior o comércio, mais cresce o número de denúncias. E o avanço da tecnologia contribui para isso”, diz o delegado adjunto Márcio Salgado. Ele recomenda que as vítimas registrem a ocorrência para que a polícia saiba onde está acontecendo o crime e possa chegar às quadrilhas.

Desgaste

A clonagem tornou-se comum para a servidora Maria do Socorro de Carvalho, de 49 anos. Desde 2006, ela já enfrentou uma clonagem de talão de cheques, uma de cartão de crédito e outra de cartão de débito. Na última vez, a cobrança indevida passou de R$ 6 mil. Socorro conseguiu negociar com a administradora e com o banco para não amargar o prejuízo, mas o desgaste para resolver é grande, reclama. “É uma dor de cabeça muito grande. Na primeira vez, tive que recorrer à Justiça para conseguir a devolução dos valores. Dessa vez, foi mais fácil, mas mostra que a insegurança permanece”, conta.

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A operadora de cartão é responsável por todo o prejuízo, mesmo que o consumidor não tenha um seguro, alerta o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Isso porque a clonagem indica falhas na prestação do serviço. “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços”, diz o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. Para evitar o problema, a saída é o lojista pedir um documento de identificação sempre que receber um pagamento com cartão de crédito, orienta a economista do Idec Ione Amorim. “O lojista sempre deve conferir a assinatura e, mesmo nos cartões com chip, ele deve pedir a identidade.”

Amargando prejuízos cada vez maiores com as fraudes, as administradoras de cartão de crédito estão tomando providências para diminuir o risco. Com a previsão de aumento no número de usuários, é preciso ter mais precaução, segundo Henrique Takaki, coordenador do Comitê de Segurança e Prevenção de Fraudes da Associação Brasileira das Administradoras de Cartões de Crédito (Abecs). “A previsão é de que no ano que vem pelo menos 30% do consumo privado seja feito com cartões de crédito. Nos Estados Unidos, esse volume é de 45%, ou seja, temos muita margem para crescer”. Segundo ele, a tecnologia utilizada na fabricação das máquinas está sendo trocada. Além disso, afirma Takaki, os cartões de crédito estão sendo substituídos aos poucos pelos de chip, que são mais seguros.

O número

34%
Percentual de brasilienses com mais de 15 anos de idade que têm pelo menos um cartão de crédito segundo o Ibope.

Fonte: Correio Braziliense
Autor: Mariana Flores
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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