Recorde de calor: o Instituto Nacional de Meteorologia registrou nesta quinta-feira a temperatura mais alta do ano na cidade do Rio: 40,9ºC. A sensação térmica era ainda maior: 50ºC.
É o verão mais quente dos últimos oito anos.
Nas ruas, sombrinhas, folhetos, qualquer coisa para se proteger do sol.
"O que a gente vai fazer? Não posso andar com ar-condicionado no bolso. Tem que aguentar o calor", afirmou o aposentado Valter Machado.
Dentro dos carros, sem ar-condicionado, o jeito é se refrescar.
"Vou trocar de carro no final do ano, por um com ar-condicionado, se Deus quiser", disse o motorista Alberto Costa.
É assim que pensa a maioria dos clientes desta concessionária na hora de comprar um carro zero. O veículo básico, sem ar-condicionado, é mais barato e, em outras épocas, vendia mais. Mas, há três meses, a situação mudou completamente e esses modelos encalharam no pátio. Um dos carros mostrados pelas imagens está à venda há 150 dias. Quem entra na loja só quer saber de carro com ar.
"A princípio os carros sem ar condicionado devem sair mais lá pro final do verão, início do inverno. Por enquanto, ninguém quer", observou o gerente de concessionária Jaceguay Cunha.
Em uma loja que instala ar condicionado em carros a procura dobrou nos últimos dois meses.
O expediente agora vai até mais tarde. Em alguns dias o trabalho só encerra às 23h.
Alguns clientes chegam desesperados.
"Naquela situação, pelo amor de Deus, eu não aguento mais, eu preciso do meu ar por causa do calor, não estou aguentando e a gente dá o jeito que pode para resolver o problema do cliente", declarou gerente de loja Valter Miranda.
Um professor universitário cansou do calor. Com o ar, o alívio.
"Não tem a menor comparação é ótimo. Vale a pena é um bom investimento", concluiu o professor universitário Luiz Otávio Neves.