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Vigilância Sanitária flagra laboratório clandestino de produtos de limpeza na Grande Florianópolis
   
     
 


09/02/2010

Vigilância Sanitária flagra laboratório clandestino de produtos de limpeza na Grande Florianópolis
Em 2009, mais de 640 crianças foram intoxicadas em Santa Catarina

Policiais e fiscais sanitaristas de Palhoça, na Grande Florianópolis, flagraram um laboratório clandestino de produtos de limpeza em funcionamento na cidade.

A reportagem sobre a apreensão de quase duas mil embalagens com substâncias tóxicas que seriam vendidas à população foi exibida no programa Estúdio Santa Catarina, da RBS TV, no domingo à noite.

Foi a terceira vez que a Vigilância Sanitária do município verificou a manipulação de substâncias químicas para a produção de produtos de limpeza no local. O proprietário do galpão onde estavam acondicionados diferentes substâncias químicas e todo o material apreendido já havia sido autuado duas vezes.

Desta vez, a filha dele assumiu a responsabilidade pelos produtos apreendidos. Segundo o fiscal sanitarista Osvaldo Maciel, ela terá de dar a correta destinação final aos produtos, responderá a um inquérito polícial, com agravante de ser reincidente e a um inquérito administrativo sanitário pela prática ilegal.

As substâncias eram manipuladas sem o acompanhamento de um químico e não atendiam qualquer norma técnica. A mulher autuada não quis falar com a imprensa.

Ela foi multada em R$ 5 mil pela Polícia Militar Ambiental.

Galpão funcionava como centro de distribuição

O flagrante foi possível depois que a reportagem conseguiu entrar no local e registrar, com uma microcâmera, o laboratório clandestino. O repórter-cinematográfico foi recebido por uma mulher, não-identificada, que confirmou que eram produzidos produtos de limpeza no local improvisado.

Corrosivos e outros produtos químicos ficavam armazenados em galões de plástico na construção de madeira, junto com vasilhames vazios.

Ali, eles eram misturados com corantes dentro de caixas d' água antes de serem envasados em garrafas plásticas de refrigerante, tipo PET — modo que eram vendidas ao consumidor final, de porta em porta.

Para chamar a atenção da clientela e melhorar as vendas, os produtores usavam flagrâncias e cores fortes na maioria dos produtos — alvejantes, desinfetantes e sabão.

Número de crianças intoxicadas assusta

De acordo com o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina, pelo menos 641 crianças foram atendidas em hospitais catarinenses vítimas de intoxicação por ingestão ou manuseio de produtos de limpeza clandestinos.

Destas, quase 300 tinham entre um e quatro anos. O contato com as substâncias químicas causa queimaduras e irritação na pele, problemas respiratórios e graves intoxicações, que podem causar a morte.

A diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Raquel Bittencourt, ressalta que a população precisa se conscientizar do perigo da manipulação de substâncias químicas produzidas de forma precária, sem os cuidados técnicos necessários.

— Sabemos que há uma oferta grande destes produtos e as pessoas são atraídas pelo baixo preço, perfume forte e a ação supostamente mais potente da substância. Mas as pessoas desconhecem o risco a que estão submetidas utilizando estes produtos que não passaram por nenhum controle -—ressalta.

Outro problema, segundo ela, é o tradicional acondicionamento dos produtos de limpeza clandestinos em garrafas plásticas tipo PET, de refrigerante. Na maioria dos casos, as crianças acabam ingerindo o produto químico equivocadamente. 

— A criança confunde o refrigerante com os produtos clandestinos e acaba ingerindo-o. Essa ingestão pode causar desde uma irritação na pele até uma infecção no estômago que pode levar a vítima à morte — explica Janete Pinheiro, fiscal sanitarista.

No caso do manuseio da água sanitária clandestina, por exemplo, o consumidor pode ter queimaduras nas mãos e acabar intoxicado pela inalação do cloro. A substância pode, ainda, corroer materiais e danificar equipamentos eletrônicos, como máquinas de lavar.

— A orientação é não comprar. Solicitamos que a população entre em contato vigilância municipal e denuncie quando caminhões e ônibus estiverem circulando por seu bairro — finaliza Janete. 

A Vigilância Sanitária depende de denúncias para descobrir laboratórios clandestinos e a venda dos produtos ilegais em todo o Estado. 

— Trabalhamos na fiscalização das atividades legais. Para casos como este, dependemos do apoio da população — disse Raquel.

Quem tiver alguma informação, pode repassá-la ao órgão pelo e-mail dvs@saude.sc.gov.br ou pelo telefone (48) 3251-7995. Outra forma de denunciar a venda de produtos clandestinos é por meio das ouvidorias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Duvidas sobre os produtos clandestinos podem ser esclarecidas junto ao Centro de Informações Toxicológicas do Estado, no telefone 0800-64355252.

Fonte: Diário Catarinense
Autor: Redação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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