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"Só 5% dos clientes querem carros ecológicos"
   
     
 


28/02/2010

"Só 5% dos clientes querem carros ecológicos"
Frase de Robert Lutz, vice-presidente da GM, coloca em xeque o sucesso do Volt, carro elétrico que ele próprio ajudou a desenvolver

Foto: General Motors

A data foi finalmente marcada. No dia 1º de novembro de 2010, a primeira unidade do Volt deixará as linhas de montagem da General Motors, em Detroit, com a missão de revolucionar a indústria automobilística. Trata-se de um enorme desafio, mas não será o único. Movido a energia elétrica e menos poluidor do que os modelos tradicionais a gasolina, o Volt carrega a responsabilidade de salvar do ocaso financeiro a própria GM, que acumulou entre 2005 e 2009 prejuízos de US$ 88 bilhões. O problema é que, dentro da companhia, há vozes que desconfiam do sucesso que os carros considerados ecológicos possam obter. Uma dessas vozes é a de Robert Lutz, vice-presidente do conselho de administração da General Motors e que tem no currículo, além da própria GM, passagens marcantes por empresas como Chrysler e Ford. "Hoje, apenas 5% dos consumidores fazem questão de carros verdes", disse Lutz à DINHEIRO. "Os outros 95% ainda querem o de sempre: carros bons e baratos."

Desenvolvido a um custo estimado em US$ 1 bilhão, o Volt é sem dúvida um produto pioneiro, mas está longe de ser barato. Segundo especialistas do setor, o carro deve ser vendido por algo em torno de US$ 40 mil (o preço exato não foi divulgado). É o dobro do cobrado por um modelo do mesmo porte movido a gasolina. "Antes de qualquer coisa, temos que ver quantas pessoas estão dispostas a gastar mais em nome da natureza", afirma o consultor Fernando Calmon. Estima-se que o custo de produção do Volt seja pelo menos 50% superior ao de um modelo convencional do mesmo porte. Em tempos de crise, as pessoas estarão dispostas a desembolsar valores elevados para proteger a natureza? O Volt será lançado em caráter experimental nos Estados de Michigan e da Califórnia. O primeiro por ser considerado o Estado mais "verde" dos Estados Unidos, enquanto o segundo foi escolhido por abrigar o quartel-general da GM.


Foto: General Motors
Foto: General Motors

O restante dos Estados Unidos conhecerá o novo carro apenas em 2011. A proximidade do lançamento não mobilizou os consumidores. As encomendas para comprar o Volt são pequenas. Com poucos carros à disposição nos primeiros meses de venda, era de esperar que filas se formassem em frente às concessionárias. Isso não aconteceu. "A procura tem sido baixa", disse à DINHEIRO Bell Connor, vendedor da concessionária Chevrolet Matick, em Detroit. "Pouca gente veio em busca de informações e nenhum pedido foi fechado até o momento."

O lançamento do Volt deixa outras dúvidas no ar. O carro pode ser recarregado em qualquer entrada convencional de energia. Caso o modelo se torne popular, há quem diga que ele poderá comprometer o sistema elétrico americano. Até agora, não está claro o que acontecerá se milhares de pessoas recarregarem o carro ao mesmo tempo.

"Será preciso desenvolver uma estrutura para recarga das baterias a custos viáveis", diz Corrado Capellano, da Creating Value. Lutz sabe como ninguém dos desafios que terá pela frente. "O modelo de carros americano está em decadência", diz. "Devemos ir na onda do resto do mundo, com carros pequenos e eficientes." Na semana passada, a GM tomou uma decisão que confirma isso.

A empresa anunciou o fim da produção do Hummer. Gastão de combustível e poluidor, ele não estava alinhado à nova filosofia ecológica da empresa.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro
Autor: Nicholas Vital
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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