Fontes alternativas de energia e matérias-primas menos carbono intensivas, eficiência em processos que gerem ou consomem energia, destruição ou recuperação dos produtos/resíduos e remoção de carbono da atmosfera: estes são os principais projetos de gestão sustentável do uso da energia e emissões capazes de resolver os problemas ambientais decorrentes das mudanças climáticas. As soluções, que estão sendo adotadas pelas maiores economias mundiais, foram apresentadas pelo consultor ambiental da ERM, Brasil Bráulio Pikman durante a reunião-almoço de segunda-feira (29), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC).
O convidado ressaltou que a tendência mundial aponta para o fato de que as melhores empresas estão se organizando para reduzir as emissões de CO², tornando-se mais eficientes para competir globalmente. O que antigamente era uma postura de responsabilidade social e ambiental hoje é uma estratégia pela excelência de performance das empresas. “Os países europeus estão ficando sem petróleo e, por isso, tomaram decisões de buscar outras fontes de energia para manter a posição econômica. Não são mais somente as grandes empresas que estão se movimentando para ser mais eficientes e competitivas sem agredir o meio ambiente – as pequenas e médias já se deram conta que este é o caminho”, definiu.
Pikman revelou que o Brasil tem maior entendimento com relação às questões ambientais, comparando-se aos demais países de terceiro mundo, tendo em vista o nível industrial que possui. “O Brasil precisa otimizar o seu crescimento, investindo em fontes alternativas de energia e alavancando créditos de carbono (certificados emitidos para um agente que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa) para o desenvolvimento da economia”, salientou o palestrante.