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Com desbloqueio, deve aumentar a venda de celulares no varejo
   
     
 


05/04/2010

Com desbloqueio, deve aumentar a venda de celulares no varejo
Discussão mexe com o modelo de negócios predominante até agora, entre operadoras e fabricantes de aparelhos móveis

Do ponto de vista do consumidor, a decisão da Anatel de publicar uma súmula para deixar claro que é proibida a cobrança, pelas operadoras móveis, do desbloqueio do aparelho celular, é clara, e coloca um fim a um impasse que se arrastava há anos. Do lado do mercado, no entanto, a medida levanta uma discussão que mexe com o modelo de negócios predominante até agora, entre operadoras e fabricantes de aparelhos celulares. A tendência é uma revisão nesse modelo, com o aumento de vendas de celulares ao consumidor via varejo.

Conforme os fabricantes, as operadoras ainda não sinalizaram com uma mudança de planos nas encomendas e ainda não se sabe se elas vão rever ou não a política de subsídios. Mas, do lado da indústria já há uma sinalização de que pode haver mais investimentos para as vendas de celulares por canais de varejo. Hoje, como se sabe, o maior volume é produzido para atender diretamente as operadoras.

"A partir do momento em que tem um volume maior para o varejo, naturalmente determinados recursos são redirecionados", comenta Marcus Daniel, diretor de mobile da LG. Ele destaca, no entanto, que não vê uma ruptura do atual modelo, apenas um ajuste. "Tanto as operadoras quanto a indústria e o varejo estão se adaptando ao que o mercado está pedindo".

Outra fabricante, a chinesa Huawei, entrante no mercado de celulares no Brasil, optou no ano passado por colocar seus handsets no mercado local com a marca da operadora e trouxe um primeiro modelo em parceria com a Claro e a CTBC. "Hoje já temos parceria com um distribuidor e nos próximos 30 a 40 dias lançaremos mais dois aparelhos com venda no varejo", antecipa Luiz Fonseca, diretor de terminais da Huawei. "Ainda está um pouco incerto qual será a estratégia da operadora em relação ao subsídio, mas acreditamos no crescimento das vendas no varejo", afirma o executivo.

Legado, um problema

Enquanto o novo modelo não é definido, a indústria e as operadoras precisam resolver outra questão: zerar os estoques de aparelhos, tarefa que pode não ser tão simples uma vez que os celulares produzidos nem sempre são quadri band (os que funcionam nas frequências de 850/900/1800/1900 MHz), além de alterações no software e na certificação.

Como a opção inicial da Vivo foi pela tecnologia CDMA, a maior parte de sua rede GSM está na frequência de 850 MHz, enquanto as demais concorrentes usam mais o espectro de 1.8 GHz. Isso significa que um celular dual band feito sob encomenda para a Vivo não funcionará com o chip de outra operadora - o mesmo vale para um aparelho da Claro, Oi ou TIM, que não seja compatível com a frequência 850. Na prática, se o usuário tiver um aparelho dual band, o simples desbloqueio sem custo não vai lhe garantir a livre escolha da operadora. Embora os novos aparelhos sejam, em sua maioria, tri band ou quadri band, há um legado no mercado de aparelhos dual band. A Sony Ericsson, por exemplo, tem em seu portifólio o modelo W205 (900/1800 MHz, ou seja, é uma versão para usuários da TIM, Claro ou Oi) e a versão W205a (850/1900 MHz) para usuários da Vivo.

"Existem vários modelos na praça e não lançados, produzidos antes da súmula do desbloqueio", comenta Paulo Castelo Branco, da diretoria de telecom da Abinee, ao justificar o pedido que foi  encaminhado à Anatel pela entidade, antes da publicação da súmula, reivindicando prazo de nove meses para que as novas regras sobre desbloqueio  de celulares fossem implementadas. A decisão também pode levar as operadoras a reestruturar seus modelos de negócios, revendo a política de subsídios, o que certamente refletirá na produção industrial.

Fonte: Tele.Síntese
Autor: Fatima Fonseca
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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