O governo brasileiro, ao implementar o Plano Nacional de Banda Larga, pretende igualar o Brasil ao Japão, em número de clientes e em preço, informou Nelson Fujimoto, assessor de inclusão digital da Presidência da República. "O preço da banda larga no Brasil é seis vezes maior do que o do Japão", afirmou. Segundo Fujimoto, a densidade (número de clientes por 100 habitantes) no Brasil é um pouco maior do que 6% e a intenção do governo é fazer com que chegue a 25% em 2014. Para isso, afirmou, o governo pretende usar os seus ativos de fibra óptica, de 31 mil quilômetros.
Nessa conta ele está considerando os 16 mil quilômetros da Eletronete, e as fibras da Eletronorte, Eletrobrás e Petrobras. "O direito de passagem sobre essa rede já está disponível", assegurou. Com essa infraestrutura, o governo alcança 4.278 municípios e alcança quase todo o território nacional, a exceção de Roraima e Amazonas. Segundo Fujimoto, há planos para, em 2012, ampliar esta infraestrutura nos estados do Pará e Amazonas. O assessor da Presidência da República afirmou, durante audiência na Câmara dos Deputados, que o objetivo principal da política a ser lançada pelo presidente Lula é o de massificar a banda larga, mas não ficará restrita à infraestrutura. "Pretendemos também aprofundar a política industrial e estimular o desenvolvimento de conteúdos e aplicações", concluiu.