Apesar dos planos de entrar na telefonia móvel por meio de parcerias, as prioridades da GVT são de expandir sua oferta de telefonia fixa e, principalmente, de banda larga ultra rápida para novas cidades e entrar no setor de TV por assinatura. Segundo o vice-presidente de Marketing e Venda da empresa, Alcides Toller, a expansão da atuação da empresa será impulsionada com o reforço de investimentos superior a R$ 200 milhões, aprovado pelo conselho de administração da empresa, o que elevará o capex  de R$ 850 milhões previstos anteriormente para R$ 1,1 bilhão em 2010.

O presidente da empresa, Amos Genish, disse que o objetivo maior é levar os serviços da empresa para 15 novas cidades das regiões Sudeste e Nordeste em 2010, inclusive para cidades do estado de São Paulo. Mas a capital ficará mesmo para 2011.

Toller não adiantou quais cidades serão atendidas pela operadora este ano, mas informou que as cidades de Fortaleza, João Pessoa e Campina Grande, que começaram atendidas nesse primeiro trimestre, fazem parte dessa lista de 15 cidades previstas para 2010. Porém admitiu que essa lista pode ser um pouco maior.

TV por assinatura

De acordo com Toller, além da expansão da telefonia fixa e da oferta de banda larga – que considera a melhor opção existente hoje no mercado – a GVT está estudando sua atuação no setor de TV por assinatura. O maior interesse é na oferta de serviço de IPTV, aproveitando as características de sua rede, mas reconhece atualmente o único caminho que pode ser adotado é a oferta do serviço via DTH (satélite).

- A gente acha que TV por assinatura é um produto de mais alto valor agregado e a GVT tem vários ingredientes para ter uma proposta de valor diferenciado, enquanto o negócio de telefonia móvel é hoje de margens menores, de alta competição, de crescimento mais baixo,”, avalia Toller. Ele disse que a tramitação do PL29/07, que unifica as regras para a TV paga e permite a entrada das teles no setor, tem sido de altos e baixos e, por esta razão, estão estudando outras formas de oferta nesse setor, mas descarta a aquisição de empresas.

“Talvez a melhor possibilidade seja um modelo híbrido, unindo DTH e o diferencial que a nossa rede IP vai possibilitar para o cliente. Acho que este modelo híbrido pode trazer uma proposta de valor diferente”, avalia Toller. Porém ressalta que a GVT só vai atuar no setor de TV por assinatura se ele se encaixar no  seu modelo de negócio. “Os movimentos que a empresa faz são muito planejados, baseados em um modelo de negócio consistente e a gente não abre mão disso. Então só vamos entrar nesse setor se houver uma aderência ao nosso modelo que temos hoje, mas acreditamos que terá”, disse.