O crescimento da economia global está acontecendo, mas de forma gradual, sendo que a recuperação plena não será sólida até dezembro de 2010, de acordo com a última pesquisa semestral Regus Business Tracker. Considerando um universo de 15.000 entrevistados, constatou-se que uma alta porcentagem das empresas experimentou crescimento da renda e lucro superando as que sofreram declínio. No entanto, quando indagados com a pergunta "Quando você espera que a recuperação e crescimento econômicos avancem de forma confiável em seu país?", os entrevistados alteraram a expectativa de plena recuperação econômica para perto de cinco meses, de julho a dezembro. O Brasil contraria esta tendência com companhias que apresentaram crescimento positivo líquido em +54% e expectativas de que a plena recuperação econômica aconteça na primeira metade de 2010.

Os resultados chaves desta pesquisa mundial enfatizam que a comunidade empresarial deve ser cautelosa em seu otimismo. O estudo revelou crescimento líquido, com 12% mais empresas informando um crescimento de renda, e 8% mais companhias experimentando um aumento do lucro. No entanto, as empresas em todo o mundo precisam permanecer focadas em estratégias de gestão de custos, racionalização e uma maior flexibilidade operacional. A segunda edição da pesquisa Regus Business Tracker sobre os indicadores da economia internacional foi conduzida em 75 países com um total de 15 mil entrevistados, que foram questionados sobre o desempenho financeiro e as expectativas de crescimento de suas companhias.

A pesquisa também analisou os efeitos na expectativa e estímulo econômicos, considerando o tamanho das empresas. No Brasil, 77% das empresas de pequeno, médio e grande porte apresentaram aumento de renda no último ano (42% globalmente). Como resultado anual positivo, 22% mais companhias brasileiras do que a média (70%) esperam que sua renda aumente no próximo ano. Essas informações sobre renda explicam parcialmente a perspectiva positiva de novos empregos no Brasil, onde a ocupação, somente na área industrial, cresceu 0,6% em fevereiro de 2010 e 77% das grandes empresas enfatizaram o corte momentâneo de taxas para consumidores como uma medida que as ajudaria na recuperação (46% globalmente).

Mark Dixon, diretor executivo da empresa Regus, comenta: "Apesar das diferenças entre expectativas e reais acontecimentos de crescimento nos negócios observadas nesta última pesquisa, é importante enfatizar que o aumento é acima de tudo positivo em todo o mundo, apenas com Espanha apresentando declínio de renda e Brasil sacudindo os efeitos da desaceleração com rapidez e expectativas de crescimento de 5,5% em 2010."

"No entanto, é importante uma advertência, comentaristas de todo o mundo apontam que as empresas devem levar lições da crise. Mas concretamente, a reestruturação dos recursos humanos e dos ambientes de trabalho, deviria convertesse em algo continuo igual às praticas de trabalho flexível que durante a recessão obteve efeitos positivos tanto para os empregadores como para os empregados. As evidências coletadas pela Regus através de seus operadores globais indicam que a renovação de propriedades comerciais tradicionais a recintos com sistema flexível desempenham um papel extraordinário acerca da futura recuperação."