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Marcos Storte – engenheiro civil
   
     
 


04/05/2010

Marcos Storte – engenheiro civil
Impermeabilização: qualidade de vida e economia

Em época de chuvas intensas, surgem ou são realçados diversos efeitos causados pelo excesso de água e umidade. E não falamos de enchentes. Tratam-se dos mais diversos problemas que ocorrem nas estruturas de casas, edifícios, garagens, paredes internas e obras de infra-estrutura, que vão de manchas a trincas e que podem se tornar um grande transtorno para os moradores, em particular, e para a sociedade e governos em geral. Muitos desses problemas poderiam ser evitados com a impermeabilização correta das estruturas de concreto e alvenaria.

Esta prática, porém, ainda não é um hábito entre os brasileiros, que não têm a cultura de evitar problemas construtivos e sim de procurar solucionar os efeitos. Este comportamento, entretanto, pode trazer não apenas gastos desnecessários, como riscos à vida das pessoas. Os custos com impermeabilização previstos numa obra correspondem a cerca de 1% a 3% do orçamento total, enquanto os gastos decorrentes da má impermeabilização ou de sua ausência podem superar os 10%.

Diversos problemas podem afetar lajes, paredes, estruturas de piscinas, reservatórios de água, garagens, floreiras, terraços, como o surgimento de manchas de bolor e bolhas nas paredes, infiltração de água pelas frestas das janelas, queda e rachadura de azulejos, escurecimento das juntas e a ocorrência de trincas e goteiras.

Os problemas não são apenas estéticos. As trincas, inclusive, merecem uma atenção especial, uma vez que podem até mesmo abalar as estruturas do imóvel quando em estágio avançado. Tendo como causas fatores variados, as conhecidas rachaduras devem ser avaliadas desde o surgimento. O excesso de umidade pode provocar, ainda, uma série de problemas de saúde - em especial respiratórios - que levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos, ampliando os gastos com saúde pública. Então por que não evitá-los?

Para impedir problemas futuros, a impermeabilização deve ser considerada desde o projeto e construção do edifício. A norma técnica de Desempenho de Edificações, NBR 15.575, que inclusive entra em vigor em maio de 2010, traz exigências claras sobre a necessidade de garantia de estanqueidade às obras, um alerta importante para construtoras responsáveis por projetos de construção em todo o País.

Mais do que garantia de conforto e estanqueidade, a impermeabilização aumenta a longevidade do imóvel e pode evitar o impacto causado por reformas, tanto aos proprietários quanto ao meio ambiente. O mercado oferece diversas soluções para este tipo de problema. São produtos de alta tecnologia que atuam na prevenção e também na resolução dos transtornos causados pela umidade. São bloqueadores hidrostáticos, argamassas poliméricas, selantes, mantas asfálticas e autoadesivas aluminizadas, agentes de cura, aditivos plastificantes, entre outros, que, mesmo sendo um mistério para a maioria da população, são indicados para cada tipo de ocorrência.

Num País no qual 70% do consumo de material de construção corresponde ao mercado "formiguinha" – obras que não passam por construtoras ou incorporadoras e os proprietários contratam a mão de obra necessária –, a inclusão de mais um item na obra pode ser fator de resistência. Por isso, faz-se imperativo o desenvolvimento de um trabalho de conscientização em todas as faixas da população, que pode significar a melhora da qualidade de vida como um todo e afetar, indiretamente, a economia nacional.

Fonte: Via Pública
Autor: Marcos Storte
Revisão e edição: Mariana Silva Sirena

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